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Telmo Varela

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Forja de opiniom

Quando a corrupçom fica à vista

Telmo Varela - Publicado: Terça, 17 Janeiro 2012 01:00

Telmo Varela

O Estado que defende um punhado de oligarcas avarentos contra os interesses da imensa maioria do povo, pola sua própria essência, é um Estado corrupto e dirigido por delinqüentes declarados.


A corrupçom chega a todos os estamentos do Estado, desde as forças repressivas até a Coroa, passando polos políticos, juízes, empresários, banqueiros... todos estám envolvidos a fundo.

Entre os políticos, está a ex-corporaçom do PP em Gondomar, todos eles processados, condenados e em liberdade. E continuamos com operaçons contra políticos corruptos, operaçom "Orquestra", os presidentes das Cámaras municipais de Cee, Fisterra, Maçaricos e Corcubiom estám processados, mas todos livres. Da rede "Campeom" fôrom detidas e processadas 15 perssoas entre empresários e responsáveis do Igape, um organismo público mantido por todos e todas as contribuintes. Nesta rede estám envolvidos os deputados galegos Pablo Cobián (PP), Fernando Blanco (BNG) e o ex-ministro José Blanco (PSOE). Todos eles políticos corruptos com diferentes cargos e responsabilidades. Ninguém está em prisom e estamos a falar de vários milhons de euros de calote de dinheiro das arcas públicas.

No caso "Arena", voltam a aparecer empresários e políticos corruptos, mais um deputado do PP, Xavier Escribano, salta à cena por estar no parlamento com o único objetivo de se fazer milionário enquanto mandam que o povo aperte o cinto ainda mais.

Ninguém está no cárcere. Como nunca lhes passa nada, por muito grave que for o delito, ficam confiantes e todos estám a concorrer para ver quem leva mais. Nas cadeias só estám os delinqüentes das camadas populares, as leis figérom-se só para eles e para proteger os delinqüentes dos aparelhos do Estado.

As forças repressivas, que teoricamente devem velar pola nossa segurança, som as que mais delinquem. Da esquadra policial de Sevilha dessaparecêrom 500 quilos de cocaína; dos tribunais de Valência dessaparecêrom outros 300 quilos e nunca mais se soubo deles.

Juízes, polícias, autoridades de todo o tipo envolvidas e ninguém vai para o cárcere. Detidos cinco guardas civis em Barcelona por colaborarem com um bando de ladrons. Estám livres.

Em Vigo, todo o mundo se lembra dos três polícias que assassinárom a sangue frio o empresário da pedra e a toda a família. Ao pouco tempo, obtivérom licença para saírem e já estám na sua casa.

Os casos que mais chamam a atençom som os das multas de tránsito de Lugo e a "Operaçom Carioca" pola quantidade de agentes detidos e acusados. E as relaçons entre guardas civis, polícias, empresários, juízes e as máximas autoridades da cidade, o Subdelgado do Governo espanhol em Lugo Jesus Otero e o senhor Orozco, presidente da Cámara municipal de Lugo, o que mais chama a atençom. Todos eles acusados de prostituiçom, drogas, tráfico de mulheres e de influências. Nestas operaçons há mais de cem pessoas imputadas, a maioria guardas civis, mas também há políticos, empresários e polícias.

Olhemos os casos mais graves e alarmantes. Armando Lorenzo Torre, cabo da Guarda Civil, responsável do Emume (Equpa da Guarda Civil dedicada a assistir mulheres em perigo) processado por prostituiçom, estupro, ameaças, drogas e venda de armas. É o principal encausado e anda por lugo tam tranqüilo.

O capitám Andrés Manuel Velarde, envolvido no tráfico de mulheres e de drogas. Defensor e protetor do cabo Armando, nom permitia no quartel que ninguém criticasse o cabo. Aos guardas civis que nom entravam no esquema corrupto fazia-lhes a vida negra. Está em liberdade e foi ascendido a comandante. Como vemos, nom os castigam, som permiados.

O brigada Julio Baquero, um cocainómano, vicioso e corrupto. Vários polícias locais sob as suas ordens, geriam a contabilidade e os seguros dos clubes de alterne. Em liberdade.

José Ramón Vazquez Rio, polícia local de Lugo, ex-chefe da Brigada Noturna. Terceira peça do núcleo duro a rede. Sócio protetor dos clubes Queen´s e La Colina em troca de drogas e favores sexuais gratuitos. Em liberdade e no ativo.

Eduardo Antonio Castro, subinspetor do Corpo Nacional de Polícia, manejava como queria no corpo policial o relativo aos clubes de alterne. Cocainómano e maltratador de mulheres. Em liberdade e no ativo.

A cúpula da Guarda Civil de Lugo, com o Tenente Coronel José Herrera Garcia-Lora à frente da Comandáncia, entre os anos 2000 e 2009, está envolvido na rede. Todos eles em liberdade e cobrando dos impostos a que nos submetem. A Herrera nom só nom o encerárom senom que o ascendem a coronel e destinam às Canárias como chefe do centro de coordenaçom regional. Dérom-lhe destino de maior categoria, seguramente para que cale.

O dirigente do PSOE e Subdelegado do Governo espanhol em Lugo, Jesus Otero Calvo, é um dos envolvidos com maior responsabilidade. Demitiu-se do seu cargo quando saiu à opiniom pública a rede de multas. Também está processado na "Operaçom Carioca". O presidente da Cámara municipal socialista, o senhor Orozco, também está processado, mas este nom se demitiu e continua de presidente com apoio do BNG. Daí que acertemos quando gritamos "Bloque, PSOE, PP, a mesma merda é!".

Todos os corpos repressivos da cidade de Lugo estám envolvidos. Uns diretamente e outros por encobrimento e cobertura. Para já, há mais de oitenta agentes (dos três corpos) imputados, muitos deles comandos. Todos em liberdade e desfrutando de privilégios. Chegou o momento de atualizar a palavra de ordem de "depuraçom dos corpos repressivos".

Muitos políticos do PSOE e PP estám envolvidos em troca de serviços sexuais e consumo de cocaína. Também há importantes empresários galegos. Esses moralistas que aos domingos vam a missa e durante a semana andam de orgia em orgia polos clubes, gastando o dinheiro em prostitutas e coca. Dinheiro do esforço e suor do trabalhador e trabalhadora. Todos eles estám em liberdade decretada pola Audiência Provincial.

O cabo Armando, quando levava vários copos e várias doses de cocaína (todo grátis, além dos envelopes bem cheios de dinheiro) presumia das boas relaçons e da estreita amizade com juízes da Audiência Provincial e também com a Procuradoria.

Prostituiçom, 600 mulheres, a maioria em situaçom irregular, violaçom, maus tratos, drogas, armas... umha prostituta brasileira assassinada e os máximos responsáveis por estes delitos em liberdade. Ora bem, as prisons estám cheias de delinqüentes de pouca monta. Sempre se dixo que os verdadeiros delinqüentes estám livres. Nom se vam deter eles próprios!

Estes factos mostram que a Justiça tem um selo de classe. Defende os poderosos e, por muitos crimes que cometerem, saem impunes; e castiga com muita dureza os trabalhadores e camadas populares.

Todos os dias sai algumha notícia sobre a operaçom "Orquestra", "Campeom", "Carioca", "Multas tránsito", "Arena", "Igape", et cétera, et cétera, mas ninguém vai a prisom, parece ser que estám reservadas para os deserdados e para as moças e moços que luitam polo dignidade do seu país. Para estes últimos, nom há presunçom de inocência, desde um princípio já som culpados e sobre eles cai todo o peso da lei. Sobre os primeiros, inclusive quando som condenados, prevalece a presunçom de inocência, por isso, o Governo, nos seus Conselhos e Ministros, indultam-nos. E aqui nom se passou nada!

Olhai só quanto ensina a prática judicial!. Quem di que já nom existe a luita de classes! Estamos vivindo-a em todas as facetas da vida, na laboral, na política, na social e na judicial. A luita de classes está presente permanentemente por muito que se esforcem alguns em negá-la.

Telmo Varela

Prisom de Topas, Salamanca, 1 de janeiro de 2012


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