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Carlos Taibo

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Queda do império

Obama e Palestina

Carlos Taibo - Publicado: Quarta, 14 Abril 2010 00:00

Carlos Taibo   

Sabido é que a visita a Israel do vice-presidente norte-americano, Joe Biden, coincidiu, dias atrás, com o anúncio da construçom de 1.600 novas habitações na Cisjordânia ocupada. 


É lógico que os governantes estado-unidense se sentissem amolados perante umha decisom que revela bem às claras dous factos: por uma banda, a firme vontade israelita de obstaculizar qualquer acordo de paz, e pola outra, o nom menos firme desígnio da Casa Branca no sentido de evitar, para além das queixas rituais, qualquer sorte de sançom ao ocupante. 

O acontecido despe a política de Barack Obama em relaçom ao conflito palestiniano, e fai-no da mão da certificaçom de que, a pesar de algumha conjuntural aparência, o actual primeiro-ministro israelita, Binyamin Netanyahu, sente-se tam cómodo com o presidente estado-unidense destas horas como se sentiram no passado, com Bush filho, os seus antecessores Sharon e Olmert. Já agora, que, num exercício lamentável que homologa as responsabilidades de israelitas e palestinianos no que incumbe à dificuldade de reabrir as negociaçons, há umhas semanas Obama assinalou que sobreestimara a capacidade dos Estados Unidos para convencer uns e outros da necessidade de dialogar...

A estas alturas, só os mais ingénuos podem concluir que há algumha esperança de que as cousas mudem do lado israelita, ao abrigo, por exemplo, de umha incorporaçom do partido centrista Kadima ao Governo em detrimento de ultranacionalistas e ultra-religiosos. Por que haveria de alterar Israel as suas posiçons se todo corre razoavelmente bem para os seus interesses? Como estarám as cousas para que o próprio presidente palestiniano, Mahmud Abbas, amiúde vergado às imposiçons israelitas -aí está o seu decisivo apoio para que o relatório Goldstone nom chegasse à Haia- e pouco mais que um fantoche das potências ocidentais, chegue à conclusom de que, dadas as condiçons presentes, nengumha negociaçom é possível. O círculo fecha-se, enfim, com a lamentável política que abraçam governos árabes como o do Egipto, sempre de costas a qualquer projecto que acarrete um apoio elementar ao povo palestiniano.

Que Obama ainda está a tempo de actuar é evidente. Tanto como que nom há nengum motivo sólido para concluir que, de uma vez por todas, e assumindo riscos, vaia rachar o baralho de uma inapresentável e duradoura solidariedade com Israel.


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