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Rute Cortiço

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Parágrafos lilás

Nódoas na toalha da mesa

Rute Cortiço - Publicado: Segunda, 12 Abril 2010 02:00

Rute Cortiço 

Neste ano Jacobeu @s compostelan@s vamos ter a honra de receber a visita do pontífice, guardiám da moral, embora com umha escabrosa biografia (insultantes declaraçons sobre o aborto, transigência com a  pederastia, ocultaçom dos padres que a praticárom, passado nazi...); segundo diversas estatísticas, as cidades visitadas polo Papa e a sua corte experimentam um destacável aumento no que se refere a consumo de álcool e prostituiçom, poderemos comprová-lo. 


Os ultras católicos dim que o aborto é um crime, esquecendo os direitos das mulheres, dados médicos e científicos;asseguram que a homossexualidade é umha doença, um erro abominável da natureza; e o uso do preservativo é denigrante; mas dentro de esta delirante e “estrita” moral, o Vaticano afirma que abusos e violaçons sistemáticas a menores “fôrom um erro”, “ umha nódoa na toalha de mesa”. 

Quantos casos de abusos sexuais perpetrados por padres terám acontecido sem se saber deles, amparados por um Deus misericordioso e todopoderoso? Esta instituiçom durante estes dous milénios criou o caos, perseguiçons, medo, pánico e pavor, e polos vistos isto nom vai mudar, e segue a acontecer.

Nos últimos dias, escuitamos as declaraçons tanto do Papa como de cardeais a arrementer contra a Lei do aborto, a silenciar os abusos e incluso a exculpar os culpados.

Isto mesmo foi o que fijo o cardeal Amigo, ao afirmar que “se as toalhas de mesa estám sujas, nom bota a culpa das nódoas às toalhas de mesa mas ao incúrio de quem as pujo e nom se purificou do seu pecado...”: nom se lembrar com tristeza os pais que “ preferírom que o filho nascesse morto antes de o receber e enchê-lo de amor nos seu braços”; além  disso, este personagem fai alusom aos casos de pederastia como alguns tropeços. Na mesma linha vam as declaçons de Bento XVI condenando o aborto e a utilizaçom da pílula abortiva RU486.

Nom podemos esquecer que os escándalos de pederastia, além de se multiplicarem, atingem inclusive o papa, mas nom será que só os pederastas praticam o corporativismo com outros pederastas? Se nom, como é possível que desde o papa até os arcebispos relativizem estzs factos e arroupem e exculpem os criminosos?  Como pode dizer o bispo de Tenerife, Bernardo Álvarez, com total impunidade que “há adolescentes de 13  que estám perfeitamente de acordo, desejando-o e até às vezes provocando?”, “porque o abusador de menores é doente?”

Igual de lamentáveis som também as declaraçons de este mesmo bispo sobre a homossexualidade, “doença, umha carência, umha deformaçom da natureza do ser humano”.

Bernardo Álvarez assinala que só 6% dos homossexuais se devem a questons biológicas, para o bispo os 94% restante dos homossexuais som por vício.

Os factos que sujam o nome do papa remontam ao período entre 1981 e 2005, anos em que fôrom cometidos numerosos delitos sexuais por parte de padres, sacerdotes e bispos, sob o mandato do entom cardeal J. Ratzinger, que conseguiu que estes casos nom saíssem à luz logrando incluso evitar interrogatórios, investigaçons e julgamentos.

Foi em 2002 quando as acusaçons feitas nos EUA contra Paul Shanley e John Geoghan derom pé que se soubesse de centenas de abusos sexuais a menores, ocultados durante anos pola instituiçom eclesiástica.

A raiz dumha investigaçom publicada a 25 de Março polo jornal The new York Times, os casos de pederastia encoberta directamente polo actual Papa começárom a sair à luz, assegurando que o própio Ratzinger estava informado da transferência dos padres pedófilos para evitar escándalos.

As informaçons dim que, em 1980, Ratzinger autorizava a transferência de Peter Hullermann, acusado de pedofília, de Essen a Munique, além o Papa estava informado por carta da terapia do padre, que seis anos depois foi declarado culpado de novos abusos na nova paróquia.

No dia 26 de Março, o mesmo jornal fai público outro caso relacionado com o atual Papa. Lawrence C. Murphy que trabalhava numha prestigiosa escola para nenos surdos em Wisconsin entre 1950 e 1974, onde abusou sexualmente de mais de duzentos nenos. A este padre abriuse-lhe um processo que foi cancelado, dedicando-se este a trabalhar com crianças em colégios e igrejas paroquiais, assim como num centro de detençom juvenil, com o beneplácito do Papa.

O próprio irmao do papa, dirigia um prestigioso coro nos anos 1964 e 1993 no que se cometêrom vexames contra as crianças do coro, estas crianças além dos abusos sexuais também sofrêrom golpes e todo o tipo de violência.

Em diferentes países, em diferentes épocas... o número de casos aumenta dia a dia... apesar da lei do silêncio que impom (da que é pleno responsável Bento XVI) o Vaticano, sob a pena da escomunhom. De facto na sua última assembleia, a Conferência Episcopal acordou que nom devia informar-se a justiça dos casos de indicios, só podera informar-se nos casos de suspeita grave.

Gostava de saber que tenhem que dizer sobre estes escandalosos factos as plataformas patriarcais, neofascistas e populistas como Direito a Viver, Marcha pola Vida, Pró-vida, Hazteoir, Médicos pola Vida, Foro Espanhol da Familia...

Mas já vedes, enquanto para a Igreja católica as mulheres somos a reencarnaçom do mal, porque somos lésbicas, porque nos marturbamos, porque tomamos a pílula, porque queremos abortar, porque somos infiéis, porque queremos decidir por nós próprias... os bons católicos (ainda que sejam pederastas) tenhem o céu ganho.


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