O comunismo nom pode ainda morrer, já que continua a ser um sonho, umha ilusom, mais também umha esperança para umha humanidade farta já de nom topar o norte que proporcione um sentido a umha vida cheia de frustraçons. Todas estas frustraçons a que me refiro ou entom umha porcentagem muito grande som provocadas por um sistema de exploraçom, o capitalismo, que nom acaba de dignificar o ser humano.
Nom nos dignifica enquanto nom proporciona um trabalho em condiçons de exercê-lo com um mínimo de dignidade e que isto desemboque no acesso ao direito a umha vivenda, ócio, e outras muitas cousas às quais todos os seres humanos, polo facto de o sermos, temos direito.
Nom há caminhos intermédios, nom podemos enganar-nos. A alternativa ao capitalismo é o socialismo e que este abra o caminho à possibilidade de acesso ao comunismo. O Nepal, após 20 anos da queda da URSS e mais algumha experiência socialista, insiste numha ideia irrenunciável, umha ideia que nom é umha quimera, e sim, como já dixo a Camarada Rosa Luxemburgo, a única alternativa à barbárie.
A alternativa também nom é a saída islandesa, já que nom propóm a rutura com o capitalismo. Apenas se limita a tentar evitar a ruindade capitalista e assim mesmo que os desajustes sejam pagos por quem os provocou, quer dizer, por aqueles banqueiros e políticos corruptos. Mas a democracia burguesa e o sistema opressor capitalista possuem umha tremenda capacidade de regeneraçom e de criar soluçons a problemas concretos, daí que nom vaia demorar a fazer possível a continuidade da exploraçon em essa ilha do norte da Europa.
Nom é a alternativa o famoso agir do 15-M. Elas e eles assim se expressam: "Nom somos antissistema, o sistema é contra nós". Esta ilustrativas palavras de ordem foi possível lê-las em Bilbau, num cartaz que a mais de um fijo abrir os olhos.
Pois olhai, moças e moços. Eu, sim, sou antissistema e com muita honra, como dizia a minha avó. Sou antissistema e nom vou fardado com lindas camisolas de 26 euros com efígies do Che ou do Comandante Marcos. Sou antissistema e isso nom fai que eu entre a fazer parte de qualquer umha tribu urbana, nem presumir dumha luita que há de ter a duraçom de apenas uns anos, até que o pai Estado me recoloque em qualquer multinacional, apanhado numha hipoteca e este único facto me introduza até o tuetano na engrenagem capitalista e comece a meter horas extra e "ir ao meu livro" como dizia Paco Umbral.
Sou antissistema, do mesmo jeito que fôrom Fidel, Che, ou Marulanda. Como som tantas e tantas pessoas que nom tenhem para comprar CDs de música alternativa e sobrevivem com o justo em cidades africanas ou selvas latino-americanas e luitam a pé de campo contra o capitalismo utilizando os métodos que acham precisos. Eles e elas jamais se proclamarám gentes de paz. Além de que os capitalistas também nom se proclamam gentes de paz e, se nom, que fagam esta pergunta às pessoas assassinadas dia após dia na Colômbia ou ao irmao Facundo Cabral. Nom, o imperialismo e o capitalismo ainda nom rejeitárom a luita armada para defenderem os seus privilégios, nem o ham de fazer jamais. Outro exemplo? Quantas crianças fôrom assassinadas polo bando criminal OTAN na Líbia...?
Eu sim, proclamo a quatro ventos e, nisto, possuo muitas semelhanças com as pessoas que dirigem os destinos do Nepal. Esta mesma semana foi proclamado o socialismo neste país asiático, deixando assim quase nu tanto inteletual pequeno-burguês e tanto falabarato que nestes últimos tempos, como há 20 anos, falam da impossibilidade do socialismo. O socialismo é possível, e nom só posível, é necessário e imprescindível. Isto ou a barbárie.
O Nepal está mais perto da liberdade que os acampamentos do 15-M ou a própria Isláandia. A alternativa a tanta podrémia, o socialismo.