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Laerte Braga

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''Dá-lhe Senador Obama''

Laerte Braga - Publicado: Terça, 14 Junho 2011 02:00

Laerte Braga

Uma das preocupações de autoridades do governo e políticos norte-americanos é a “criatividade” da indústria da pornografia no país. Um dos maiores sucessos de público com vendas que ultrapassam a alguns milhões de cópias é uma produção em que Obama aparece em cenas de sexo explícito com uma secretária que usa uns óculos semelhantes ao de Sarah Palin e noutra sequência, o senador John McCain se mostra “ardente” com um grupo de mulheres, inclusive negras, sabendo-se que McCain é racista.


Sarah Palin aparece noutras sequências. O mais interessante é que os produtores usam os nomes reais. Não há disfarce ou sugestão. É “senador Obama”, “senador McCain”, “governadora Salin”.

A produção foi rodada durante a campanha eleitoral de 2008 e segundo os jornais que conseguem tratar da matéria, há uma cortina de silêncio em torno de filmes desse gênero envolvendo políticos e figuras do governo. A maior dificuldade foi achar uma atriz com as pernas mais ou menos próximas das de Sarah Palin, ex-governadora do Alaska, vice de McCain e pré-candidata republicana às eleições presidenciais de 2012.

Cheryl B. Bremble, de 40 anos, professora de uma escola na cidade de Norristown, estado da Pensilvânia, pode ser condenada a um mínimo de 18 anos e a um máximo de 36 anos de prisão, por ter mandado mensagem erótica para uma de suas alunas através do celular e ter presenteado a moça com um “objeto de cunho sexual”.

Ela esteve num tribunal na sexta-feira, vai responder à acusação de ter posto em perigo o bem estar de uma criança, corrupção de menor, ato obsceno, contato ilegal com menor e assédio entre outubro de 2010 e maio de 2011, período em que foi professora da estudante.

A idade da vítima não foi divulgada, mas presume-se segundo o noticiário, que tenha mais de 13 anos e a professora está em liberdade após pagar fiança de 25 mil dólares.

Por esse rigor Bento XVI não pode pisar em território norte-americano.

Brad Manning, soldado de uma das empresas que formam as forças armadas dos EUA (a maioria é formada por contratos de terceirização) está preso numa solitária acusado de ter entregue documentos secretos (milhares) ao site WIKILEAKS. Não tem direito a visitas – exceto seu advogado –, não tem direito a banho de sol e três vezes por dia sua cela é submetida a uma revista onde é obrigado a ficar nu e passar por diversos constrangimentos para que os carcereiros possam ter certeza que ninguém entregou nada a Manning. A luz da cela fica acesa as vinte e quatro horas de cada dia.

As condições subumanas em que vive, sem que existam provas, meras suspeitas, já foram objeto de denúncia no Senado dos Estados Unidos, de organizações nacionais e internacionais de direitos humanos, mas a situação permanece inalterada.

No campo de concentração de Guantánamo os “especialistas” em interrogatórios submetem os presos, muitos deles menores, a momentos de absoluto constrangimento e violação constante dos direitos humanos e uma das formas de tortura no sentido de abalar a fé muçulmana da maioria dos presos, é a exibição de filmes pornôs, expediente que usaram logo que ocuparam o Iraque.

O ATO PATRIÓTICO votado pelo Congresso dos EUA e aprovado pelo presidente George Bush, em outubro de 2011, logo após a destruição das torres gêmeas do World Trade Center num ato de guerra, permite a invasão de lares, espionagem de cidadãos, interrogatórios e torturas de possíveis suspeitos de espionagem ou terrorismo, sem direito de defesa ou julgamento. Todas as liberdades civis são suprimidas pelo ato. O USA PATRIOT ACT significa “UNITING AND A STRENGTHENING AMERICA BY PROVIDING APPROPRIATE TOOLS REQUIRED TO INTERCEPT AND OBSTRUCT TERRORISM ACT”, mais ou menos o seguinte – “ATO DE UNIR E FORTALECER A AMÉRICA PROVIDENCIANDO FERRAMENTAS APROPRIADAS E NECESSÁRIAS PARA INTERCEPTAR E OBSTRUIR O TERRORISMO”.

Centenas de milhares de civis iraquianos, afegãos, palestinos, paquistaneses, colombianos, líbios – países ocupados ou cercados pelos EUA ou por Israel – foram mortos por bombardeios equivocados, ações militares genocidas (caso de Israel em relação aos palestinos), isso nos dias atuais. Ao longo de sua história os EUA carregam a morte de milhões de seres humanos em suas guerras estúpidas pelo controle do mundo.

Há casos relatados pela imprensa que prisioneiros de Guantánamo foram liberados dois anos após terem sido presos por se constatar que eram inocentes. Numa prisão em Bagdá, cenas que nem as redes de tevê que são braço do governo dos EUA, ou do complexo terrorista EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A, conseguiram evitar foram exibidos os métodos de tortura dos norte-americanos. Abuso sexual contra presos. Noutros, documentos de orgias entre soldados dos EUA todos tampados de droga até o dedo mínimo dos pés.

Na guerra do Vietnã, está no livro do filósofo Bertrand Russel sobre o assunto, os soldados dos EUA comprovavam a 10 dólares meninas de 10 anos, 11 anos, virgens, valorizadas no mercado do sexo, enquanto tentavam “libertar” o país. Foram derrotados de forma absoluta pelo povo vietnamita.

O governo colombiano, desde Álvaro Uribe e agora com Juan Manoel Santos é intrinsecamente ligado à produção e ao tráfico de drogas, produto dos grandes cartéis de traficantes, mas vale aqui a frase de Nixon dita ao embaixador norte-americano no Brasil quando do governo Médice, sobre as constantes violações de direitos humanos da ditadura que os norte-americanos mantiveram no Brasil – “é verdade, mas fazer o que, são bons aliados e o general Médice é um bom amigo”.

O mesmo – tráfico de drogas – se aplica ao governo do Afeganistão em cumplicidade com máfias norte-americanas. Isso é irrelevante diante do que chamam objetivo maior, o combate ao que chamam de terrorismo e a captura e roubo das riquezas desses países, especialmente petróleo, água e minerais estratégicos.

Sakineh Mohammadi Ashtiani foi acusada pelas autoridades policiais do Irã de ter sido cúmplice no assassinato de seu marido e de adultério (uma anomalia que ainda permanece nos códigos de alguns países muçulmanos). Foi condenada à morte por apedrejamento e teve a sentença suspensa diante da reação em vários países do mundo contra o ato de barbárie. Sua situação permanece indefinida.

Uma das ações do complexo terrorista EUA/ISRAEL S/A que controlam boa parte do mundo e mantém o resto sob ameaça constante é o controle da mídia privada e de seitas e religiões, como forma de manter a manada em paz, controlada, pastando, evitando correr riscos de um estouro da boiada, como agora nos países árabes, ou na Espanha, na Grécia, na Irlanda e outras colônias/bases que têm espalhadas pelo mundo.

A seita Baha’i, como a de Edir Macedo e a própria cúpula da Igreja Católica, são hoje instrumentos desse terrorismo de estado e dessa forma de transformar o ser humano em objeto.

Uma das mais confusas dentre a imensa quantidade de seitas que existem nos EUA e que são exportadas mundo afora, os Baha’i enfrentam problemas com as autoridades iranianas. São os principais responsáveis pela tentativa de desestabilização do governo daquele país. Asseguram ter tido acesso ao processo de Sakineh onde constataram que as provas contra a iraniana eram forjadas, ou não existiam.

Devem, como os israelenses, ter um contato direto com o Criador, o deles, o que os torna invisíveis e portanto com acesso a qualquer canto de qualquer lugar do mundo. Para fazer uma afirmação mentirosa dessas só sendo assim.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, chamou a Washington seis ex-presidentes de países sul-americanos, dentre eles o brasileiro Fernando Henrique Cardoso, para discutir o futuro da América Latina. Hilary não quer, por exemplo, que os documentos da ditadura sejam tornados públicos – ditadura brasileira – para evitar problemas tanto para os envolvidos em ações de tortura, estupro e assassinato de presos políticos, como para os EUA, mantenedor das forças armadas brasileiras em sua imensa maioria.

Quer riscar essa parte da história de nosso País. FHC já deu o recado a Dilma e de uma presidente confusa, perdida no tempo e no espaço, já recebeu os mais rasgados elogios, tanto quanto, a mídia noticia que a disposição de abrir os baús da ditadura diminuiu de intensidade. O coronel Brilhante Ulstra, chefe do DOI/CODI em São Paulo, aparelho repressivo que foi chave na Operação Condor – prisão, tortura, estupros e assassinatos seletivos definidos pelos EUA e obedecidos pelo Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile e Bolívia – em meio a essa tentativa de silenciar os crimes cometidos pelos militares por aqui, vai virar colunista do jornal FOLHA DE SÃO PAULO (emprestava os caminhões para a desova de presos assassinados no esquema de Brilhante Ulstra, a pretexto de terem sido atropelados).

Uma novela do SBT – SISTEMA BRASILEIRO DE TELEVISÃO – um dos últimos vagidos do grupo Sílvio Santos em processo de falência, vai incorporar a falência moral também à sua decadência. Ao ouvir o relato de presos torturados pela ditadura, decidiu, debaixo de pressões, ouvir a versão dos torturadores por último. Nada contra ouvir os bandidos, mas por que não intercalar?

Vão falar de patriotismo – “último refúgio dos canalhas”, Samuel Johnson, pensador e político inglês do início do século XX –, de defesa do Brasil, etc, etc, mesmo que tenham dado o golpe em 1964 sob comando do general norte-americano Vernon Walthers.

Toda essa sequência de fatos aparentemente diversos, ou sem ligação, têm a ver com o processo de governo mundial que os norte-americanos tentam dissimuladamente e ás vezes agressivamente, impor ao mundo.

Países são dissolvidos sem bater, como a Grécia, a Irlanda, a Espanha, impérios como a Grã Bretanha viram Micro-Bretanha (definição de Milton Temer), a França cai em mãos de um trêfego de segunda categoria Nicolás Sarkozi, a Itália nas de um pedófilo, Sílvio Berlusconi, o México vira depósito de lixo e o Canadá, segundo os norte-americanos, “um México melhorado”.

No fim a culpa é do Irã, do governo cubano, do governo da Venezuela (hoje indefinido sobre seus rumos, o presidente Chávez parece ter tido um acesso de direitite aguda) e no caso da América Latina preparam-se, os norte-americanos, como denuncia Ricardo Martínez Martinez, em artigo traduzido por Jorge Vasconcelos, para ações de guerra no sul do México (o pretexto é o narcotráfico, naturalmente querem assumir o controle e os lucros como na Colômbia e no Afeganistão), estendendo a presença militar a Guatemala, Honduras e El Salvador.

Projetar “um conflito bélico para cumprir metas estabelecidas para a segurança e prosperidade dos EUA e para reposicionar a hegemonia que foi perdendo na região latino-americana nos últimos anos, essa é uma prioridade para os americanos. Se não o conseguiram com a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), fá-lo-ão sob o guarda-chuva da segurança e da retórica sobre os potenciais inimigos das democracias”.

O “chefe do Comando Sul (SOUTHCOM), Douglas Fraser, instou, recentemente o governo de Felipe Calderon a abrir a fronteira sul do México para uma frente de guerra contra o narcotráfico e a controlar a partir de políticas regionais o corredor do istmo sob o pretexto de ser a área do maior tráfico de drogas que chega aos Estados Unidos. O estrategista militar afirmou – “o triângulo no norte da Guatemala, El Salvador e Honduras é a zona mais letal do mundo fora das zonas de guerras ativas”.

Vão levar suas guerras à América Central e ao México (colônia dos EUA).

Breve chegam por aqui, têm o aval de traidores como Fernando Henrique Cardoso, depois da reunião secreta com Hillary Clinton.

É por essa razão que o “dá-lhe senador Obama”, dito pela secretária que sugere Sarah Palin, ou a própria Hilary, não causa tanto espanto assim nos EUA, apesar da hipócrita reação dos governantes e políticos.

É prática deles entrar em outros países pela porta dos fundos e contam com répteis como FHC, José Serra, Aécio e fraquezas e frustrações como Dilma Rousseff e sua dupla Anthony “Pragmático” Patriot e Moreira “me dá o meu Franco”.

Foi por essa razão que o embaixador da Itália, no processo contra Cesare Battisti, entrou no gabinete de Gilmar Mendes (que agora busca atrasar processos contra latifundiários que fazem uso de trabalho escravo), entrou, repito, pela porta dos fundos.

“Dá-lhe senador Obama”.  

A ministra Ellen Gracie está louca para ir para a Corte de Haia.


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