Sala da faculdade de letras de umha universidade brasileira qualquer. 16:00 horas. Projeçom de um filme polo dia das letras galegas. Público: jovens heterogéneos. Brancos, negros, asiáticos, mulatos.
Professor: (fala galego, aprendido entre a escola, a sua aldeia dos Ancares e a Escola Oficial de Idiomas, na sua variante internacional): Vamos ver agora um filme galego. Foi rodado na Corunha e em Arteijo, concelho que fica nas redondezas da que é a segunda cidade maior da Galiza.
Coloca o filme no DVD.
Menu Raiz. Idiomas. Galego ou espanhol.
Professor: Só está em galego ou em espanhol. Em que idioma querem ver o filme?
Alunos e alunas: (falam português do Brasil, na sua variante carioca): Em galego, professor, entende-se melhor.
Professor: Bem.
Play. Começa o filme. Sala lotada. 50 pessoas.
Voz em off: (música de fundo absurda, louca mesmo): Este filme foi rodado originalmente em castelhano para ter como alvo o mercado espanhol. Pola sensibilidade com a cultura galega foi dobrado no nosso idioma. Sensibilidade motivada por ser a nacionalidade do realizador, de boa parte do elenco e do espaço em que o filme tivo lugar.
FIM
Apontamentos:
Isolacionismo escreve-se com ‘i’ de ilusom
O Diretor Antón Reixa argumenta a deserçom da língua própria nos seus filmes por motivos “demográficos”. O conselheiro de cultura, Roberto Varela, exprime-o de um jeito parecido, ainda que mais rídiculo e vulgar: “la cultura gallega limita”.
Reintegracionismo escreve-se com ‘r’ de realidade
Mercado cinematográfico espanhol: 46 milhons. 3 dos quais falam ou tenhem a destreza de falar em galego-português.
Mercado galego-brasileiro: 194 milhons.
Conclusom
O Reino de Espanha é o único estado do mundo onde 46 som mais que 194.