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Antônio Ribeiro

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Opinião Crítica

Rio 3D. Crítica

Antônio Ribeiro - Publicado: Sábado, 23 Abril 2011 02:00

Antônio Ribeiro

O filme Rio 3D é mais uma obra de arte do condecorado diretor e produtor brasileiro Carlos Saldanha. Ele é, também, o criador da trilogia "A era do Gelo". Por suas obras pode-se afirmar que ele se tornou norte-americano de corpo e alma. Introduziu nas veias o sangue daquela cultura e na alma o espírito do protestantismo exposto na obra de Max Weber, "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", e em outras obras da burguesia.


O filme RIO 3D – que de inocente nada tem - conta a história de Blu, uma arara azul rara que pensa que é a última de sua espécie. Quando Blu descobre que há uma 'outra' ele deixa o conforto de sua gaiola em uma pequena cidade de Minnesota e vai para o Rio de Janeiro.

Não ocorre o amor à primeira vista entre o pássaro domesticado à ianque, incapacitado de voar e a feminista independente Jewel, que voa alto.

Inesperadamente jogados juntos, eles embarcam na aventura de uma vida.

O pássaro brasileiro ao qual foi imposto no cativeiro de uma livraria – local de trabalho da dona – e a casa dela - o "american way live" é tecnológico, domina a matemática e, tal qual um dos personagens dos super-heróis estadunidenses derrota todos os inimigos. Desde que não sejam "vietcongs", ou radicais islâmicos, frisamos.

"Rio" reúne uma fauna de personagens dúbios, uma história adocicada em meio aos mergulhos coloridos, com música latina contemporânea cheia de energia ao fundo que atinge, como provou Freud, o "id" do público expectador.

A cidade maravilhosa é apenas carnaval e malandragem. Os próprios bichos são bandidos. Um deles se torna uma espécie de gerente do traficante de animais.

Vários macaquinhos furtam carteiras.

A idéia pode ter sido baseada no filme ianque, "A culpa é do macaco", onde a pequena Eva se depara com um macaquinho no parque, se encanta por ele e o chama de Dodger. Ela tem muito trabalho para manter Dodger em casa, sem que seus pais percebam; defendê-lo do antigo dono, o cigano Azro; tentar reeducá-lo, pois Dodger era ladrão de jóias, tudo culpa do cigano, raça sem escrúpulos.

Em meio à visão panorâmica – pela terceira dimensão – do Rio de Janeiro, o pássaro americanizado, portanto perito em tecnologia, matemática e outras ciências, livra os companheiros das garras dos bandidos cariocas.

No final, usando de todos estes poderes, Blu abre a parte traseira do avião, solta todos os prisioneiros e alça vôo pela baía da Guanabara.

A maioria do público de um Shopping Center que concentra determinada colônia em São Paulo saiu da sala extasiado, devidamente doutrinado pela propaganda subliminar do filme.

Grande parte do público foi ao McDonald's comemorar, e se empanzinar com a saudável comida ianque, regada a coca-cola.

"E la nave va"


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