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Laerte Braga

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A dívida dos EUA

Laerte Braga - Publicado: Terça, 19 Abril 2011 02:00

Laerte Braga

Marilyn Davenport, dirigente do partido Republicano em Orange, Califórnia, enviou um mail a vários de seus companheiros com uma foto montagem de uma família de chimpanzés, um deles o presidente Barack Obama. Segundo a dita cuja é por esse motivo que Obama não exibe sua certidão de nascimento.


Setores da mídia nos EUA e alguns republicanos afirmam que Obama não nasceu no Havaí e assim não poderia ser presidente do país. A constituição proíbe estrangeiros de ocupar o cargo.

Marilyn Davenport afirmou que não é racista e tem muitos amigos negros, que tudo foi uma brincadeira.

Sarah Palin, vice de John McCain nas eleições presidenciais de 2008, anuncia sua campanha e entre as peças de publicidade que exibe está uma pescaria no Alasca. Ela e a filha Bristol, mãe solteira e uma das líderes de abstinência sexual, saíram de barco, pegaram vários peixes e num dado momento Sarah mostra à filha o coração de um peixe ainda pulsando.

O namorado da filha, no twitter, se manifesta com freqüência contra negros, gays e pessoas com síndrome de Down. E tanto a mãe de Bristol como a própria proclamam as virtudes evangélicas do rapaz.

Para participar da campanha a moça recebeu mais de 250 mil dólares. É queridinha dos setores de extrema-direita dos republicanos que acham que seu discurso sobre abstinência sexual fala fundo ao coração dos jovens norte-americanos.

A Standart & Poor’s, uma das principais agências de avaliação de investimentos em todo o mundo classificam a dívida dos EUA como de “alto risco”. A notícia derrubou bolsas em todo o mundo e o país pode vir a ser, nos critérios da agência, o grande caloteiro, arrastando consigo o neoliberalismo e sua carga de “nova ordem política e econômica” de paz e prosperidade.

A Moody’s, concorrente da S&P, no fim de março alertou através de um dos seus executivos que se “nada for feito uma avalanche se formará em 2012 e depois”.

Nem republicanos e nem democratas têm como estancar a decadência do império.

Isso torna o conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A muito mais perigoso em termos militares. Incapazes de alcançarem seus objetivos políticos e econômicos em termos normais – falando em capitalismo – tentarão, com certeza, aumentar a intensidade das políticas de saque.

A pirataria capitalista.

É simples entender isso. Buscarão fazer com que os países da Europa Ocidental se submetam mais ainda – Comunidade Européia – e intensificarão ações terroristas como a que ocorre na Líbia.

Um indicativo disso é o apelo, exatamente isso, apelo, que o primeiro-ministro de Israel fez aos dirigentes do Hamas para que reconheçam o direito à existência de seu país.

As sucessivas revoltas árabes controladas até agora por militares leais ao conglomerado, a médio prazo, tendem a tornar-se irreversíveis nos moldes e modelo pretendido pelos egípcios, jordanianos, sírios, atingir a Arábia Saudita e transformar toda a realidade do Oriente Médio.

Daí não se entender a nova política externa do governo Dilma Roussef. A sensação que a presidente do Brasil está à espera dos saldos de incêndio, quando na prática abre caminhos para neutralizar políticas de integração latino-americana, ou no mínimo, atrasá-las.

Como diz Samuel Pinheiro Guimarães, “nossos principais aliados são nossos vizinhos”.

O que há cerca de dois meses era visto como improvável, a reeleição de Obama, é dada agora como o fato político mais certo, neste dado momento. Não há quem queira consertar a lambança dos últimos anos e fica mais fácil ao final de mais quatro de Obama aumentar a intensidade dos saques a países em várias partes do mundo.

Breve, no Brasil, Bristol Palin tentando resgatar a audiência de um dos programas mais badalados da GLOBO e hoje em crise de audiência. Faustão. É que a moça participou de um quadro chamado “Dança com  Famosos”, mas em seu país e copiado aqui pelo ex-gordo.

Vai falar sobre abstinência sexual e pesca.

Toda a crise que assola países europeus e em todo o mundo tem um ponto de partida. Os Estados Unidos.

Nesse disco chiado de um modelo falido um dado é de suma importância.

Diz respeito a Cuba.

Um dos símbolos da resistência à boçalidade de Washington entra em rota de reformas e a palavra assusta. Faz parte da gênese e da prática capitalista.

A ideia de consolidar o socialismo com saltos políticos e econômicos não muito definidos, ou mais claramente delineados, pode custar caro ao povo cubano.

Uma leitura do Manifesto do Partido Comunista de Marx e Engels, neste momento, não faria mal a nenhuma esquerda, nem mesmo ao peleguismo petista no entorno do governo Dilma, recheado de Moreira Franco com Nelson Jobim.

Tipo um retrato de José Dirceu em cada repartição pública.

Quem se atrever a ler vai ficar com a sensação que Marx e Engels estão ali ao lado, onde acabaram de escrever o Manifesto do Partido Comunista.

É o momento onde somem vestígios do ser humano e aparecem sentidos bestiais tão bem descritos por Aldous Huxley em “Macaco e Essência”.

O exercício preferido nos ataques de fúria é retalhar rostos com cacos de garrafas quebradas.

E depois sair gritando aleluia.

O império do Tio Sam tem uma baita dívida e quer que o mundo pague.

Tem candidato/a vereador/vereadora em Ipanema, em qualquer Ipanema, esse tipo de esquerda existe em todo lugar, sonhando com Sarah e Bristol Palin.

 

Cada A tem um B, mais ou menos isso.


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