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Rute Cortiço

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Parágrafos lilás

O trabalho de umha mulher, segunda parte

Rute Cortiço - Publicado: Sexta, 19 Março 2010 00:35

Rute Cortiço

Na actual situaçom de crise económica, nom é difícil perceber a especial e complicada situaçom da mulher na esfera laboral, entre outras.


Temos que ter em conta também que para recrudescer a situaçom laboral das mulheres sem resposta social e mantendo a “paz social”, sera necessário apoiar estas medidas perante o recrudescimento do patriarcado e com um aumento das atitudes machistas, tanto a nível familiar como com os nossos companheiros de trabalho.

Som muitas e muito diferentes as causas polas quais as mulheres se incorporarom nos úlitmos cem anos de jeito maciço ao trabalho assalariado. Estas razons obedecem tanto às reivindicaçons das próprias mulheres como a razons económicas e acordes com as necessidades do mercado.

Quando a mulher ocidental é considerada como elemento produtivo, é considerada como um membro com um alto grau de flexibilidade de contrataçom, o que continua a estar vigente nos nossos dias; somos incorporadas ou retiradas do mercado capitalista, segundo as suas necessidades, daí que já saibamos o que se passa em épocas de crise de empregos.

Estamos historicamente excluídas de umha vida laboral comprável com a de um homem, de facto é de todas conhecidas a imagem de que o trabalho feminino é um plus na economia familiar, polo qual em momentos de “vacas fracas”, havera que passar sem ele. Além disto, as condiçons do nosso mercado laboral estám ligadas as palavras de precariedade, discriminaçom, inferiorizaçom, a tempo parcial...

Para começar, a divisom sexual do trabalho logra que as mulheres que conseguem aceder a um posto laboral, seja inferior ou de subordinaçom. Perante esta situaçom, escassa ajuda poderam ofrecer-nos as organizaçons sindicais, já que som organizaçons masculinas onde o corporativismo toma a palavra em forma de paternalismo. Quase temos que agradecer a “flexibilizaçom do mercado de laboral”, que sorte!, poderemos compatibilizar a criança e cuidados com um trabalho precário. A nossa desprotecçom é total: despedimento livre, contratos temporários, cessaçons de contrato...

Cobramos anualmente milhares de euros menos, ocupamos os piores postos de trabalho e os ramos em que trabalham as mulheres som as piores pagos, como o têxtil, a hotelaria...

A maioria dos postos com jornada parcial som das mulheres, esta modalidade está muito bem publicitada como a oportunidade de compatibilizar horários com os nossos “deveres de mulher”, isto está avalizado pola umha revalorizaçom nom casual da familia e do trabalho doméstico, aumentando assim o empobrecimento, a dependência económica e a alienaçom patriarcal. A ascensom das ideias sexistas e patriarcais normalizam esta situaçom.

É importante salientarmos o papel que tem o trabalho submerso para as mulheres, o serviço doméstico, cuidado de crianças, sector educativo... já que a precaridade nestes empregos, muitas vezes, está invisibilizada; se bem algumhas mulheres podem sobreviver e atender as suas necessidades básicas, sofrem umha forte precariedade laboral, marginalidade e dependência económica.  

Mas o pior de todo isto é o seu grau de normalizaçom e aceitaçom social, se calhar isto  pode explicar-se porque todas as nossas frustraçons som sublimadas através do consumo desorbitado, da alienaçom, do ócio consumista... consegue-se que a finalidade de umha mulher seja encaixar nuns estereótipos insalubres e castradores do seu potencial.

Nom temos espaços própios, a nossa sexualidade está ao dispor dos varons, sendo a sua finalidade criar um núcleo familiar que será a nossa própria prisom. Quando acordaremos desta sonolência que nos anula e nos cega?


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