Apenas em outubro, cerca de 580 pessoas morreram devido aos conflitos entre xiitas e sunitas no Iraque, concentrados em sua maioria em Bagdá. A situação que conta com atentados com carros bomba em vários bairros da capital teve início após a repressão do governo xiita a um acampamento sunita, deixando dezenas de mortos.
O número de mortes é o maior desde a última ocupação militar dos Estados Unidos, ocorrida em 2008 para a suposta procura de armas de destruição em massa, que nunca foi confirmado. Antes da invasão imperialista, tais conflitos religiosos não eram registrados na região.
No último domingo, atentados a bomba em áreas de maioria xiita matou 65 pessoas, sendo 41 apenas em Bagdá. Al-Shaad, um dos bairros mais atingidos, foi alvo de dois carros-bomba, deixando cinco mortos e 17 feridos.
De acordo com a rede de notícias Al-Jazeera, o que levou a esta situação foi a atuação do governo que não combateu a “exclusão política e abusos por parte das forças de segurança”, contra a minoria sunita.
A pressão gerada por tais conflitos fez com que o governo de Jalal Talabani cedesse com a libertação de presos políticos e o aumento de salário de lutadores sunitas anti-Al-Qaeda, mas ainda não foi suficiente para conter a situação.
A atuação das tropas imperialistas no país e os conflitos gerados por esta invasão trás como resultado a morte de mais de meio milhão de pessoas, por razões políticas, de acordo com o estudo do próprio Estados Unidos.