A celebraçom nesta semana do Eisteddfod,o principal festival de língua, cultura e artes do país de Gales, tem coincidido com o ressurgimento da questom da língua no debate público. Cymdeithas yr Iaith Gymraeg (a Sociedade da Língua Galesa) aproveitou o acontecimento para fazer pública a sua crítica do rascunho de lei de línguas, a Welsh Language Measure, dado a conhecer recentemente.
Com o seu habitual estilo mordaz, os membros de Cymdeithas irrompêrom no festival encabeçados por um senhor encadeado a uma enorme bola de ferro. Representava o Comissionado pela Língua, uma nova figura prevista pela lei de línguas que substituirá o actual Welsh Language Board. Segundo Cymdeithas, no entanto, esta figura nasce com demasiado pouca independência a respeito do Governo, por isto arrastava uma bola com as inscrições "sem estatutos" e "sem direitos".
Além da falta de independência do futuro Comissionado, de Cymdeithas criticam que o rascunho atual nom contemple de forma clara a declaraçom da oficialidade do galês, por um lado, e que nom seja muito explícito à hora de fixar os direitos de uso da língua.
As preocupações de Cymdeithas coincidem em boa parte com o relatório feito público na última semana de julho por uma comissom da Assembleia de Gales, integrada por membros de todos os partidos e que deu a sua opiniom sobre o rascunho de lei proposto pelo Governo. Além da questom da oficialidade -também acha de menos uma definiçom menos ambígua-, o relatório apresentado por esta comissom pedia que o orçamento destinado à regulaçom e promoçom da língua fosse monotorizado anualmente por um comité designado pela Assembleia.
Com respeito ao Comissionado, o relatório acha de menos mais participaçom da Assembleia. Segundo a sua opiniom, esta figura, proposta pelo primeiro-ministro, teria que ser aprovada em última instância pelo conjunto da câmara parlamentar galesa.