Porém, a reclamaçom democrática de emancipaçom nacional concretizada na construçom de um novo Estado voltou a juntar centenas de milhares de cataláns e catalás nesta nova ediçom da "Diada Nacional da Catalunya" que decorre cada 11 de setembro.
Os meios de comunicaçom espanhóis anunciárom em dias prévios que o independentismo estava a perder força e que o unionismo ia in crescendo. No entanto, um novo banho de realidade apresentou diante do mundo inteiro a afirmaçom coletiva catalá, apesar da férrea propaganda do regime espanhol.
Última Diada pré-independência?
A principal avenida do centro de Barcelona foi inundada por centenas de milhares de pessoas (1 milhom e 400 mil pessoas segundo a polícia local), no que se pretende que seja "última Diada" convocada com esse objetivo.
Com efeito, representantes políticos do independentismo catalám anunciárom que as massivas mobilizaçons de hoje empurravam o povo em direçom à ansiada independência, que deverá vir a confirmar-se em menos de 15 dias, nas eleiçons convocadas para substituir o referendo proibido polo Estado espanhol.
Se houver maioria independentista no dia 27 de setembro, será iniciado um processo em direçom à constituiçom do Estado catalám.
A Avenida Meridiana registou a maior concentraçom de pessoas hoje em Barcelona. Fôrom 500 mil as pessoas inscritas polas convocantes Assembleia Nacional Catalá (ANC) e Omnium Cultural para participar na Via Lliure --ocupaçom da Meridiana-- mas esse número foi ultrapassado por muitas mais pessoas.
Contodo, também no resto do país houvo mobilizaçons e iniciativas em favor da independência, da bandeira, da língua e dos direitos coletivos cataláns. Na capital, a esquerda independentista voltou a protagonizar umha grande manifestaçom anticapitalista, independentista e feminista, numha tendência mobilizadora crescente que condi com o número de votos que os inquéritos atribuem à CUP, que pode triplicar os seus atuais três deputados/as.
O centro e os meios de transporte fôrom colapsados pola afluência de pessoas, em grandes concentraçons de cataláns e catalás com bandeiras e faixas reivindicativas da independência.
Ameaças e propaganda espanholas, eleiçons "plebiscitárias" às portas
Depois desta nova jornada de afirmaçom nacional, os media espanhóis do regime (a imensa maioria) nom deixam de atacar o povo catalám e as suas ánsias de independência, assim como as suas instituiçons "autonómicas", mesmo ameaçando com a sua anulaçom e, no caso do ministro da Defesa, indicando indiretamente a possível intervençom do exército espanhol se as autoridades catalás "nom cumprirem com o seu dever", em referência à submissom "devida" ao Reino de Espanha.
Entretanto, o bloco pró-espanhol parece ficar mais fraco depois desta jornada. "Ciudadanos", PP, PSC e Cat si que es pot (marca catalá de Podemos e IU) aspiram a evitar umha maioria de deputados e deputadas pola independência, com a ajuda de umha maquinaria propagandística de grandes proporçons e um financiamento milionário dos media ao seu favor polos grandes poderes económicos pró regime espanhol.
Depois do 27 de setembro, a luita cívica do povo catalám entrará numha nova fase. Seja qual for o desfecho, o que até hoje já fijo merece entrar na história pola participaçom massiva de um povo em luita pola sua liberdade.
O Diário Liberdade continuará a informar sobre este processo sem ocultar o apoio incondicional que para nós merece o povo trabalhador catalám e as suas forças revolucionárias e independentistas.