A Rússia a a Moldávia consideram que o reinício das negociações para resolver a disputa da Transnístria pode estar próximo, e que a solução do conflito depende de um estatuto de autonomia para manter a integridade territorial da Moldávia. Os líderes da autoproclamada república, porém, mantêm a retórica independendentista. A OSCE também disse que há um progresso em direção às negociações, mas também disse isso no ano passado.
A troca de declarações, posições e vaticínios produciu-se por volta da reunião que os participantes no processo de paz na Transnístria realizaram em 4 e 5 deste mês, sob os auspícios da OSCE. Em um breve comunicado de imprensa, a organização disse que os participantes do chamado modelo 5 +2 (Moldávia, a Transnístria, Rússia, Ucrânia, OSCE, os EUA e a UE) "se aproximaram da decisão sobre a necessidade de retomar o funcionamento" das negociações, "o objetivo final das quais é uma solução pacífica, justa e global do conflito".
Neste contexto, o ministro de Reintegração da Moldávia, Eugen Carpov, estava esperançoso de que as conversas de Junho próximo possa ser retomada. O ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, declarou que Moscovo está comprometido com uma solução baseada num estatuto de autonomia para a Transnístria dentro da Moldávia, explica a agência de notícias Itar-Tass.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Transnístria, explica o jornal Moldàvskie Vedomosti, reagiu às palavras de Lavrov dizendo que Tiraspol não contempla mais cenários que o do reconhecimento da independência da Transnístria. O ministério acrescentou que a população da Transnístria expressou claramente a sua vontade, em 2006, quando num referendo, 97% votaram a favor da separação da Moldávia.
Proposta alemã de solução
No ano passado, a Alemanha propôs que o conflito na Transnístria fosse resolvido com um acordo entre dois dos participantes no formato 5 +2: UE e Rússia. Em troca da criação de um novo fórum de segurança entre Bruxelas e Moscovo, Rússia favoreceria que a liderança da Transnístria (que depende muito do Kremlin) aceitasse renunciar à independência do país.