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a queda de berlimMarxista-Leninista - Nunca lançado no Brasil, A queda de Berlim estreou em 1949, na URSS, mas foi retirado de circulação por Kruschev na década de 1950 em suas campanhas de "desestalinização", por considerar o filme "culto à personalidade" de Stalin. Ficou perdido durante décadas, até que foi restaurado em 2006.


O arquivo disponibilizado abaixo para download é essa versão restaurada, mas com legendas em português que foram realizadas pelo Centro Cultural Manoel Lisboa, do Brasil.

O filme é importante pois mostra uma visão soviética da guerra, isso é, a visão dos verdadeiros vencedores - e de quem mais sofreu com o conflito. As perdas humanas soviéticas são estimadas em 27 milhões de pessoas, números muito superiores aos de qualquer outro país.

A película também mostra a extrema desconfiança com que a URSS via os chamados "aliados", e que seu auxílio à URSS na guerra não foi tão efetivo quanto poderia ter sido. Isso coloca em questão a atual versão histórica contada pelos países imperialistas de que o "Dia D", por exemplo, foi determinante para a vitória sobre o nazismo. Na verdade, como podemos ver nesta entrevista recente do historiador Geoffrey Roberts, a URSS poderia ter vencido a guerra sozinha.

E uma outra curiosidade apresentada pelo filme nesse sentido é a esperança que Hitler tinha de que a qualquer momento os EUA entrariam em Berlim para ajudar a Alemanha nazista contra os soviéticos. Hitler mostra grande "consciência de classe" ao dizer, por várias vezes, que os imperialistas estavam sendo ingratos a ele, pois a luta do nazismo era a favor dos interesses do grande capital.

A queda de Berlim foi oferecido de presente a Stalin pelo seu aniversário de 70 anos. É importante ter isso em mente para compreender melhor algumas felicitações feitas ao personagem Stalin durante o filme, principalmente na cena final.

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Abaixo uma pequena descrição do filme, traduzida e editada do release da IHF:

A queda de Berlim

A queda de Berlim, versão restaurada do épico soviético, dirigido por Mikhail Chiaureli, está agora disponível no Brasil. Por décadas notório, mas raramente visto: a recriação soviética da II Guerra Mundial, num momento de extremo prestígio de Stalin para com o povo soviético e os trabalhadores de todo o mundo.

O próprio Stalin trabalhou no roteiro deste filme, refinando os bastidores da guerra e sua própria participação.

Nada foi poupado em sua produção: foram usados 5 divisões de artilharia e de infantaria, 4 batalhões de tanques, 193 aviões e 45 troféus Panzer alemães, assim como 1,5 milhão de litros de combustível para encenar as batalhas panorâmicas.

A memorável recriação da Batalha de Berlim, alcançando seu clímax na encarniçada batalha sobre o Reichstag, impressionou até mesmo os críticos ocidentais devido ao seu intenso realismo e belo espetáculo.

Igualmente memorável é o retrato de Hitler e seu círculo interno apresentado no filme, cuja insensatez e intrigas acontecem em um ambiente que recria a grandiosidade da Chancelaria do Führer e da claustrofobia de seu bunker com uma intensidade surrealista.

Stalin, Kalinin, Churchill, Roosevelt e Goebbels, entre vários outros líderes, são interpretados por atores incrivelmente semelhantes em sua aparência física, o que reforça o realismo deste épico.

O ator que interpreta Stalin, Mikhail Gelovani, por exemplo, é um georgiano que vinha se especializando em interpretar o grande líder soviético desde 1930, e que ficou famoso pela precisão com que reproduzia seus gestos e seu sotaque georgiano.

Um enredo secundário é o romance entre Aliosha, um metalúrgico stakhanovista que deixa a fábrica para lutar na guerra, e Natasha, uma bela e jovem professora, que é capturada pelos nazistas.

Este filme foi oferecido como um presente a Stalin pelo seu septuagésimo aniversário. Foi visto em seu lançamento inicial por mais de 38 milhões de soviéticos e venceu todos os conceituados prêmios Stalin imagináveis. Sua trilha sonora ficou a cargo do famoso compositor soviético Shostakovich.

A queda de Berlim foi abruptamente retirado de circulação por Kruschev, durante as campanhas de "desestalinização" iniciadas em 1953, após a morte de Stalin.

Tendo recentemente ganhado os direitos sobre os negativos originais, a International Historical Films oferece este épico há tanto tempo censurado em uma versão digitalmente restaurada, com legendas em inglês. A presente tradução para o português foi realizada pelo Centro Cultural Manoel Lisboa.

Download do filme A queda de Berlim (1949): Parte I (aqui) e Parte II (aqui).

Assista online:

 Última atualização: 18/05/15 às 04:20, horário oficial de Brasília/Brasil.


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