O jornalista Modesto Emilio Guerrero opina que nessa guerra de baixa intensidade são usados todos os recursos, inclusive rostinhos bonitos.
O Conselho Nacional de Rádio e Televisão da Ucrânia chamou as operadoras de conteúdos televisivos no país a não transmitir programas dos principais canais russos. Em um comunicado garante-se que a pausa na retransmissão é temporal até que a programação desses canais se corresponda com a legislação ucraniana.
Esse episódio é uma prova a mais da campanha midiática que favorece à nova coalizão na Ucrânia. Os acontecimentos nesse país inundam as manchetes de muitos meios de comunicação e frequentemente são objetos de uma manipulação propagandística, afirmam especialistas.
Assim como na Ucrânia, os protestos na Venezuela também se submetem a numerosas especulações na imprensa. Se formos comparar a semelhança do cenário usado pela mídia para distorcer a realidade em ambos os países, as coincidências são muitas: por exemplo, a semelhança das histórias com os franco-atiradores que atuam em ambos os países e que ninguém sabe quem lhes dá as ordens. A imprensa ocidental culpa as autoridades de Rússia e Ucrânia, omitindo as provas audiovisuais que parecem dizer o contrário.
O jornalista e escritor Modesto Emilio Guerrero disse à RT que os EUA e seus aliados usam todos os recursos da chamada "guerra de baixa intensidade", inclusive rostinhos bonitos, contra a Ucrânia e a Venezuela.
"Há semelhanças na tentativa de um setor da oposição de direita contra um governo eleito democraticamente que não é do gosto dos poderes imperiais (no caso europeu são a OTAN e os EUA, no caso latino-americano da Venezuela são os EUA e o Canadá) que estão combinando todos os recursos do que se chama de "guerra de baixa intensidade": algumas mortes, muitos feridos, impacto midiático, imagens terroríficas", afirmou Guerrero.
Segundo o jornalista, o Ocidente com todos os seus meios busca "ucranizar" a Venezuela. "É a mesma coisa da Líbia e de outros cenários na América Latina: Honduras e Paraguai, isso se tenta agora através da sensibilização fraudulenta com rostinhos bonitos ou moças parecidas nos dois países", acrescentou o escritor.
O Ocidente está utilizando as táticas que tem aprendido nos últimos conflitos no mundo: se dirige à juventude de classe média através das redes sociais. Por exemplo, na Venezuela há 9,2 milhões de usuários do Twitter e cerca de 5 milhões de usuários do Facebook, assinala Guerrero, o que o permite chegar por essa via "muito mais rápido do que por televisão indireta que sempre requer condições distintas para se chegar ao público", concluiu o jornalista.