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ukr porUcrânia - Novo Rossia - [Vladislav Breeg] A situação no Sudeste da Ucrânia não está a ficar menos tensa; o número de baixas continua a crescer; Kiev continua em estado de psicose militar. Quais são as perspectivas? Haverá qualquer outra saída possível alem da guerra?


Após as eleições para o Conselhos Supremos das Repúblicas, realizadas em 2 de Novembro na República Popular de Donetsk (RPD) e na República Popular de Lugansk (RPL), o povo do Donbass ainda tinha esperança de que Kiev reconhecesse a sua vontade e cessasse a guerra sem sentido. Infelizmente, a situação só piorou. O acordo de Minsk não é respeitado. As tropas punitivas (castigators) deveriam ter-se retirado do aeroporto de Donetsk e de Peski, mas isso não aconteceu. A artilharia ucraniana mantém-se loucamente a bombardear a cidade todos os dias em consequência as mortes de civis aumentam.

Em Novembro aconteceu uma tragédia terrífica no terreno da Escola Nº 63 de Donetsk. Adolescentes a jogarem futebol foram atingidos por granadas. Dois rapazes morreram no local, quatro crianças foram feridas. Os corpos estavam fortemente mutilados; um tinha 18 anos e o outro 14. Os feridos foram hospitalizados com graves lesões. Um rapaz ainda está nos cuidados intensivos. As granadas foram disparadas pelas baterias ucranianas. O facto foi reconhecido pelos representantes da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa).

Desde meados de Abril até 6 de Outubro de 2014 (segundo dados da ONU) no Sudeste da Ucrânia morreram 3660 pessoas e 8756 foram feridas. Receio que o número real seja muito maior. E estas são apenas as baixas civis.

Tropas punitivas ucranianas arrasam até ao chão povoações e localidades do Donbass, sem compaixão por crianças ou idosos. Elas estão a arruinar a infraestrutura e a tornar a vida do povo praticamente impossível em tais circunstâncias. O povo vive no terror sobre os territórios ocupados pelos nazis, não podem exprimir seus pensamentos por medo de serem capturadas e encarceradas. Essa é a espécie de democracia que está a ser construída por aqueles que tomaram o poder...

O ocidente não reconheceu as eleições dos responsáveis da RPD e da RPL, embora, segundo observadores ocidentais, os quais estiveram presentes nos postos eleitorais, elas fossem correctas. No entanto, alguns políticos ocidentais tiveram de reconhecer que toda a região Leste, de Lugansk a Odessa, é muito céptica em relação às novas autoridades em Kiev.

De qualquer forma, agora as instituições do poder do Estado estão a ser estabelecidas, o exército regular está a ficar mais forte, a Constituição está a ser redigida, a economia a ser reconstruída, empresas começam a funcionar, novos empregos a surgirem, pagamentos sociais estão a ser distribuídos. Isto tudo não é habitual sob condições de tempo de guerra.

Estamos muito gratos à Rússia por não ter abandonado o povo da Novorússia em terrível situação, por proporcionar ajuda à nossa população, a qual sofreu muito com as tropas punitivas. Nossos milicianos estão a combater não só pelas suas famílias, seus lares e sua pátria mãe. Eles estão a combater também pela Rússia e todo o mundo russo. No sentido civilizacional a Novorússia pode tornar-se um símbolo do renascimento da civilização russa.

A Rússia é o principal parceiro político e económico a Novorússia, porque temos valores comuns, história, língua e cultura comuns. A economia da nossa região está estreitamente conectada com a economia russa. Tradicionalmente a fatia do leão das exportações ucranianas, consistente de produtos industriais, era despachada para a Rússia e a maioria da produção competitiva (construção de máquinas, metalurgia, indústria química) está situada no território do Donbass. A Rússia cumpre sempre a sua palavra, ao contrário dos países da Europa Ocidental.

Num dia eles têm uma posição e no dia seguinte mudam-na. Num dia estão a comerciar consigo e no dia seguinte impõem sanções. Podemos ver o exemplo do porta-helicópteros "Mistral" ... Quem vai tratar com estes homens de negócios, que deixam de cumprir suas obrigações porque os EUA lhes dizem para assim fazer? Não precisamos de tais parceiros, os quais são fantoches americanos.

A Novorússia vê o seu futuro na União Euro-asiática, onde há respeito mútuo e relacionamento correcto entre parceiros, onde vemos grandes perspectivas para o desenvolvimento dos nossos mercados e da nossa sociedade.

Vladislav Breeg é Jornalista da Literaturnaya Gazeta (Donetsk).

Tradução: Resistir.


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