1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (1 Votos)

ultrasur madridUnião Europeia - PCO - Uma reportagem publicada por O Estado de S. Paulo destacou o aumento da presença de grupos de extrema direita nos governos europeus.


Pelo menos nove países da região têm forte presença desses grupos, que se caracterizam principalmente pela xenofobia, em especial contra muçulmanos. O crescimento desses grupos se concentra no norte da Europa; na Escandinávia, Dinamarca, Suíca, Holanda, mas já mostra sinais também nos países do sul, como a Itália. Em vários desses países, seu peso já se tornou decisivo na definição das políticas do governo. Na Holanda, por exemplo, o Partido da Liberdade é atualmente o terceiro maior do país, com 15% de apoio.

A política desses partidos, chamados pela imprensa capitalista de “xenófobos” é tipicamente fascista: são racistas, xenófobos, pedem o banimento e a retirada de direitos dos estrangeiros, em especial muçulmanos; fazem uma pregação nacionalista, inclusive opondo os países do Norte da Europa aos do Sul e, claro, defendem o retorno da mulher ao lar.

O fenômeno chamou a atenção particularmente após o massacre de 77 jovens do Partido Dos Trabalhadores noruguês, promovido por um militante de extrema direita.

As recentes eleições na Grécia também chamaram a atenção para o crescimento dessa tendência. No País devastado pela crise econômica, o regime político encontra-se em total decomposição. A votação dos principais partidos do regime burguês, a Nova Democracia (direita) e o Pasok (social-democracia), que nas eleições anteriores alcançaram juntos 77,5% dos votos, caiu para 30% nas eleições realizadas no começo do mês. As abstenções superaram os 35%.

Com a decadência dos partidos tradicionais do regime, cresceu a votação tanto da esquerda, no caso a Coalizão da Esquerda Radical (Syriza), que aumentou em quatro vezes sua bancada no parlamento, quanto a extrema direita, que não tendo nenhum deputado anteriormente, conseguiram 21 cadeiras no parlamento.

O caso da Grécia e dos demais países europeus é uma tendência da atual situação. A crise capitalista, mais claramente aberta em 2008, tende, pelo acirramento das contradições, a levar ao desmantelamento das forças tradicionais do regime burguês, situadas ao centro, e ao cresciemento das forças à direita e à esquerda.

É preciso ter claro, e o caso acima citado deixa claro, que o crescimento das organizações fascistas não é um fenômeno puramente natural, mas estimulado e financiado diretamente pela burguesia, como alternativa para conter a inevitável mobilização das massas.

Uma vez que os mecanismos tradicionais de contenção da classe trabalhadora entrem em colapso, ou seja, os partidos de tipo social-democrata, trabalhista e toda a variante de esquerda burguesa e pequeno-burguesa, a burguesia não hesitará em usar a cartada do fascismo. Não apenas não hesitará, como já está preparando o terreno para esa jogada.


Foto: Torcida do Real Madrid conhecida no mundo pela sua xenofobia e defesa do fascismo costuma exibir com total impunidade simbologia espanholista e racista no estádio Santiago Bernabeu.

 


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.