Um encontro que se assume como um dos principais fóruns de discussão do sector e dos poucos que estabelece interacção entre a contaminação de água, do ar e do solo.
“O principal enfoque do CICTA é a detecção de contaminantes nos três meios, água, ar e solo, os mecanismos associados com a sua circulação e o efeito nos seres vivos”, sintetiza o investigador do Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB), Rui Cortes.
O especialista em ecologia fluvial frisa ainda o “especial destaque concedido às substâncias emergentes”, ou seja, contaminantes que apesar de apresentarem concentrações extremamente reduzidas no meio ambiente, têm um papel relevante na alteração do equilíbrio ecológico e na saúde humana.
A sétima edição do congresso é subordinada ao tema “Sustentabilidade Ambiental: Uma Visão para o Futuro”, e tem como objectivo reflectir sobre a importância do uso sustentável dos recursos naturais e da preservação das espécies e respectivos habitats, de forma a não comprometer o futuro do planeta.
Destaca-se uma comunicação sobre a injecção de CO2 sob o leito dos oceanos para reduzir o efeito de estufa e as alterações climáticas, bem como os riscos associados a essa técnica, e uma apresentação sobre a descontaminação dos solos, através da utilização de vegetação que retira os metais pesados, diminuindo o efeito tóxico, e possibilitando a recolonização vegetal.
Entre os principais receios dos investigadores na contaminação do ambiente constam os agroquímicos e os fármacos.
“Preocupam-nos o excesso de compostos orgânicos sintéticos (herbicidas e pesticidas), utilizados na agricultura, e que vão entrar na cadeia alimentar com efeitos de aumento ao longo dos níveis tróficos”, revela Rui Cortes.