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040216 reprpaqEsquerda - A repressão do governo sobre os grevistas em luta contra a privatização da transportadora aérea paquistanesa provocou três mortos. Em resposta, os pilotos anunciaram o boicote a todos os voos.


“O ambiente é tal que não podemos continuar a voar. Esta decisão é definitiva enquanto se mantiver a situação”, afirmou o vice-presidente da associação de pilotos da Pakistan International Airlines (PIA), a companhia aérea que o governo pretende privatizar parcialmente em julho.

A repressão sangrenta deu-se esta terça-feira em frente ao aeroporto de Carachi, onde a polícia e forças especiais atacaram os manifestantes com bastões, canhões de água, balas de borracha e gás lacrimogéneo. Mas três trabalhadores (um engenheiro, um membro do departamento de comunicação e outro dos recursos humanos da PIA) acabaram por morrer baleados. Entre os vários feridos contam-se jornalistas que cobriam a manifestação. Tanto o responsável policial como o das forças paramilitares negaram que os seus homens tenham disparado.

Este foi o episódio mais trágico da luta dos trabalhadores contra a privatização da PIA e levou à demissão do presidente da empresa, Nasser Jaffer. Com o governo a não recuar na sua intenção, o comité de empresa marcou uma greve para a passada terça-feira e o governo respondeu instaurando uma lei especial que proíbe os trabalhadores de participarem em qualquer ação sindical nos próximos seis meses, autoriza o despedimento dos grevistas e dissolve os sindicatos. Esta lei especial foi contestada esta quarta-feira no Supremo Tribunal de Lahore, com o argumento de inconstitucionalidade da norma que proíbe o direito ao protesto.

A oposição já responsabilizou o primeiro-ministro Nawaz Sharif pela morte dos três trabalhadores. Na província do Punjab, os deputados da oposição saíram do parlamento e sentaram-se na escadaria do edifício em sinal de protesto e de solidariedade com os trabalhadores da PIA.

Em declarações à agência France Presse, um dos responsáveis pela greve afirmou que os trabalhadores continuarão o seu protesto pacífico até que as suas reivindicações sejam atendidas. Sohail Baloch também anunciou que os trabalhadores da empresa darão um dia de salário às famílias dos seus colegas mortos na terça-feira.


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