1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 (1 Votos)

190515 vigilantesPCO - França e Canadá aprovaram leis parecidas com a "Lei Patriótica" norte-americana. Com o pretexto do "combate ao terror" governos vão espionar todo mundo.


No começo do mês, deputados da França e do Canadá aprovaram, quase ao mesmo tempo, novas leis "antiterroristas" em seus países. Na França, os parlamentares aproveitaram a comoção causada pelos ataques à revista Charlie Hebdo e a um mercado judaico em Paris. No Canadá, um soldado foi morto no ano passado durante um ataque ao Parlamento.

Com o pretexto de dar mais "segurança" à população, os parlamentares tiram os direitos dos cidadãos. Tanto na França quanto no Canadá, escutas e espionagem pela internet poderão ser feitas sem autorização judicial, desde que a polícia julgue que determinada investigação está relacionada a atos de "terrorismo".

O modelo seguido é o da "Lei Patriótica" ("USA Patriot Act", acrônimo em inglês para "Uniting and Strengthening America by Providing Appropriate Tools Required to Intercept and Obstruct Terrorism Act" – em português algo como Ato de Unir e Fortalecer a América Providenciando Ferramentas Apropriadas e Necessárias para Interceptar e Obstruir o Terrorismo) aprovada em outubro de 2001 nos EUA, em pleno governo do partido Republicano, de George W. Bush, logo depois dos ataques ao World Trade Center, que permite a investigação de documentos privados, interrogatórios intensivos, escutas e espionagem pela internet sem nenhuma interferência do Judiciário. Sob a alegação do combate ao terror, o Estado norte-americano aumentou em escala inédita seu poder de repressão.

Diante da crise econômica, a burguesia está preparando uma repressão ainda maior contra os trabalhadores em todo mundo. Ao mesmo tempo em que aprova leis como a "Lei Patriótica", o aparato policial também é incrementado, com mais equipamentos e homens. Em plena vigência das políticas de "austeridade" na França, por exemplo, o governo tratou de não diminuir gastos com a polícia e, ao contrário, aumentou esses gastos.

Com as revelações de Edward Snowden em 2013, de que as agências de inteligência norte-americanas espionavam todos os cidadãos dos EUA na internet, além de empresas e o próprio governo, caiu por terra a farsa de "democracia" do regime burguês.

A Quarta e a Quinta emendas da Constituição dos Estados Unidos, que protegem os cidadãos das intromissões do governo, foram jogadas no lixo há muito tempo. Na época das revelações de Snowden, as declarações dos congressistas, principalmente dos responsáveis pelas respectivas comissões, como os comitês de inteligência, mostraram que se encontram totalmente sob o controle dos organismos que, supostamente, controlam.

Dois meses antes das revelações de Snowden, o chefe da NSA (National Security Agency) tinha declarado no Senado que a Agência não coletava informações dos cidadãos e que se isso acontecia era por mero acidente. A vigilância, no entanto, é sistemática e ostensiva, e mostrou-se uma diretriz do imperialismo norte-americano para a intensificação da repressão em escala mundial, com a espioangem de governos e cidadãos estrangeiros.


Diário Liberdade é um projeto sem fins lucrativos, mas cuja atividade gera uns gastos fixos importantes em hosting, domínios, manutençom e programaçom. Com a tua ajuda, poderemos manter o projeto livre e fazê-lo crescer em conteúdos e funcionalidades.

Microdoaçom de 3 euro:

Doaçom de valor livre:

Última hora

Quem somos | Info legal | Publicidade | Copyleft © 2010 Diário Liberdade.

Contacto: info [arroba] diarioliberdade.org | Telf: (+34) 717714759

Desenhado por Eledian Technology

Aviso

Bem-vind@ ao Diário Liberdade!

Para poder votar os comentários, é necessário ter registro próprio no Diário Liberdade ou logar-se.

Clique em uma das opções abaixo.