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b 450 0 16777215 00 archivos Administradores manu 2015 12 img 20151227224300 112142Paísos Cataláns - Diário Liberdade - [Atualizado 10/01, às 16:00 UTM] O direitista Artur Mas nom será candidato à Presidência, tal como reclamava a esquerda revolucionária. Haverá novo governo e continuará o processo independentista.


Foto de Llibertat - Assembleia Nacional da CUP, dia 27 de dezembro passado.

As equipas negociadoras das duas candidaturas independentistas que, juntas, somam maioria absoluta no Parlamento da Catalunha (a coligaçom Junts pel Sí e a candidatura da esquerda revolucionária, a CUP) acabam de atingir um acordo para continuar à frente com o processo de independência, após a vitória eleitoral que em 27 de setembro confirmou a vontade maioritária no Principado da Catalunha.

As já históricas negociaçons atingirom o sucesso no último minuto (na verdade, nas últimas 24 horas) após três meses. Caso nom tivesse acontecido assim, esgotariam-se os prazos e a lei obrigaria à convocatória de novas eleiçons. Nesse caso, o processo independentista ficaria em suspenso e o independentismo - mesmo a esquerda revolucionária representada polas CUP - poderia sofrer um castigo importante ou perder a maioria, tendo em conta os resultados de umha social-democracia espanholista em rápido ascenso.

Ao longo de três meses complexos, a chantagem permanente foi a ferramenta usada por Mas. De nada pareciam servir as cessons da esquerda independentista, que aceitou em todo o momento investir qualquer candidato do JxS, mesmo um da direita, sempre e quando nom fosse Artur Mas, autor, como Presidente da Generalitat, da receita da austeridade e os cortes em serviços básicos - no que dependia do governo autónomo - durante um período que destacou por altíssimas doses de repressom policial.

O imobilismo do JxS obrigou a CUP a convocar umha Assembleia Nacional para decidir entre duas posiçons, investir ou nom investir Artur Mas, que, no entanto obtivérom idéntico número de votos: 1.515. Assim, a decisom final do Conselho Nacional da CUP implicava, na prática, a rejeiçom de Mas como candidato e, portanto, a repetiçom das eleiçons.

No entanto, o que ningúem esperava aconteceu: a firmeza na decisom de nom apoiar Artur Mas - defendida polo setor da CUP mais à esquerda, com a organizaçom socialista Endavant como principal referente e que era, aliás, umha promessa eleitoral da formaçom anticapitalista - deu frutos e JxS cedeu no último minuto: Carles Puigdemont, Presidente da Cámara Municipal de Girona e presidente da Associaçom de Municípios pola Independência (AMI), é o candidato com que Convergència (direita nacionalista) substitui a Artur Mas no pleno (já convocado) que na tarde deste domingo, 10 de janeiro, vai escolher Presidente da Generalitat.

Em troca, a CUP vai garantir a estabilidade governamental durante os 18 meses de processo face à independência, comprometendo-se a nom votar conjuntamente com os partidos anti-democracia nem com os que, defendendo a consulta democrática, se posicionarem contra a independência. Ainda, dous assentos dos 10 que a CUP tem no Parlamento da Catalunha vam incorporar-se ao grupo parlamentar do JxS.

Na tarde de sábado (09/01) o acordo já foi apresentado polo Presidente em funçons do governo autónomo e até entom candidato à presidência do novo governo, Artur Mas.

O executivo que se constituír após o pleno será o encarregado de levar à frente um plano que em 18 meses terminará com um referendo sobre umha constituiçom para umha República Catalá (que só incluiría o Principado da Catalunha, tendo em conta as diferentes velocidades nos diferentes territórios que constituem os Países Cataláns) e a declaraçom unilateral desta.

Domingo 10 de janeiro e último dia do prazo legal para nomear Presidente da Generalitat, haverá sessom parlamentar para, se todo vai segundo o previsto, investir Puigdemont como presidente.

CUP tem trabalho interno que resolver com tensons geradas durante negociaçons

Apesar do sucesso conseguido, o processo de negociaçons, votaçons e regresso às negociaçons nom tem decorrido sem custos para a esquerda independentista. Isso para além das cessons concedidas no processo: a CUP compromete-se a "reconhecer publicamente os seus erros", segundo o presidente saínte Artur Mas, e vai fazer isso através da demissom de duas pessoas, precisamente as duas que se incorporarám ao grupo parlamentar do JxS - serám Julià de Jódar e Josep Manuel Busqueta. A organizaçom de esquerda manifestou hoje o processo "nom foi exemplar" e assume "a nossa responsabilidade" pola "beligeráncia" com o JxS durante as negociaçons.

As duas principais posiçons no seio da formaçom anticapitalista atingirom um nível de enfrentamento importante, bem refletido no comunicado emitido por Endavant em finais de novembro, intitulado 'a independência do povo ou um novo pacto entre elites', e o do Poble Lliure, 'A prioridade para o momento presente: a ruptura independentista', e nas sucessivas declaraçons, artigos e comentários críticos sobre umha e outra posiçom.

A proposta de forçar JxS a propor um outro candidato ou candidata, negando a presidência a Mas, era vista até este sábado como com nulas possibilidades de sucesso, dando a convocatória de novas eleiçons como inevitável resultado. Do outro, estavam os e as militantes que defendiam deixar esse assunto num segundo plano para priorizar a maioria independentista e avançar mesmo com Artur Mas como presidente do governo autónomo.

Na prática, a decisom do Conselho Nacional fazia efetivas as teses defendidas polo lado esquerdo da CUP - conduzia a novas eleiçons. Por isso, é provável que a seguir aconteça a dimisom da maior parte das e dos deputados da formaçom - mais afins às posturas de priorizaçom da independência. Fica por ver como vai gerir a CUP as tensons geradas e se o histórico e imprevisível sucesso ajudará ao entendimento e integridade do sólido projeto político que representa.


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