Explosão de bomba de hidrogênio. Foto: Departamento de Energia dos EUA (Domínio Público)
Durante a chamada “Guerra Fria”, na qual a maior potência imperialista da história assediou incansavelmente os países libertos de suas garras pelo socialismo, Washington pretendeu dizimar cidades inteiras de países “inimigos”.
Um plano desenvolvido em 1956 e revelado na última terça-feira (22) mostra que o Pentágono tinha como alvo as cidades de Moscou, Leningrado (hoje São Petesburgo), Tallin e Sevastopol (todas na União Soviética), além de Berlim Oriental, Varsóvia, Praga, Budapeste e Pequim. Somadas, essas cidades tinham uma população de cerca de 34 milhões de habitantes, segundo estimativas de 1959.
As cidades com o maior número de possíveis alvos de bombas nucleares dos EUA eram Moscou (179 alvos) que tinha uma população de 5 milhões de pessoas, Leningrado (145), com 3 milhões, e Budapeste (120), com 1,8 milhão de habitantes. Pequim, que tinha 23 alvos, era habitada por 19 milhões de pessoas.
Mas além das 34 milhões de vidas que poderiam ser dizimadas pelas bombas nucleares estadunidenses, os ataques certamente fariam muito mais vítimas em outros territórios, já que o impacto de uma bomba nuclear pode ser sentido fatalmente a quilômetros de distância de onde ela caiu. Logo, parte das populações da Europa Ocidental (aliada aos EUA), como a própria Berlim Ocidental, poderiam ter caído vítimas do terrorismo de Estado ianque caso os planos tivessem sido seguidos a risca.