Um comunicado do agrupamento xiita assinalou que Qantar, quem esteve em prisão de 1979 a 2008, faleceu junto a outros colegas seus devido a um bombardeio da aviação militar sionista contra o edifício onde residia em Há Al-Homsi, em Jarmana, ao sudeste de Damasco.
De acordo com a nota, o falecimento aconteceu no sábado "quando aviões inimigos sionistas bombardearam o edifício onde ele vivia em Jaramana", ao mesmo tempo em que o canal Al-Manar TV, afim a Hezbolah, passou imagens do que foi o imóvel, agora totalmente destruído.
Testemunhas relataram que três mísseis impactaram no imóvel e o reduziram a escombros, provocando a morte de seis pessoas e ferindo outras 12, mas outras fontes apontaram que o ataque sionista ocasionou nove vítimas letais e um número indeterminado de lesionados.
A sua vez, o canal televisivo quatarí Al-Jazeera e o libanês Al-Jadeed reportaram que o ataque ocorreu na passada madrugada na zona de Reef Damasco, versão também difundida pela agência oficial síria SÃ.
Horas depois, o jornalista Bassam Al-Qantar, irmão do ex prisioneiro, lamentou sua morte em uma mensagem em sua conta de Twitter, no qual expressou "estamos orgulhosos de nos juntar à longa lista de famílias de mártires".
Qantar cobrou notoriedade por seu prolongado encarceramento e sua libertação em 2008 como parte de um controversa troca de combatentes de Hezbolah em poder do governo israelense pelos restos de dois soldados sionistas capturados pela resistência dois anos dantes.
Conhecido como "decano dos prisioneiros libaneses", o militante da resistência libanesa foi condenado pela morte de quatro pessoas, incluídos duas polícias israelenses, em uma ação armada ocorrida em Nahariya em 1979, quando tinha 16 anos.
Estados Unidos tinha incluído em setembro passado a Qantar na lista negra unilateral de terroristas ao considerar que "tinha jogado um papel operativo com a assistência de Irã e Síria em desenvolver a infraestrutura do Hezbolah nos Altos do Golã, território sírio ocupado por Tel Aviv.
"Estou entregue à luta pela resistência, ainda que casei-me e vivo muito feliz com minha esposa", declarou Qantar a Imprensa Latina durante uma entrevista em Damasco em 2009 depois de sair da prisão, onde disse ter entre suas fontes de inspiração a resistência da Revolução Cubana frente aos Estados Unidos.