Foto: Michele Benericetti (CC BY 2.0)
Em entrevista com a Prensa Latina, o representante da Frente Polisário ante as Nações Unidas assinalou que nos próximos meses serão de muita importância para os saarauís, cujo território continua ocupado por Marrocos, desde 1975.
Segundo o diplomata, o enviado especial da ONU para o Saara Ocidental, Cristopher Ross, viajará em janeiro à região e depois o fará, pela primeira vez, o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon.
Será uma prova de fogo para Marrocos, que tem impedido a presença de Ross nos territórios saarauís, porque permitirá ver até onde é capaz de obstruir o processo de paz, advertiu.
Rabat nega sob diversos argumentos aos habitantes do Saara Ocidental o direito à independência e em particular a um referendo de autodeterminação promovido pelas Nações Unidas.
De acordo com Buhari, a comunidade internacional respalda essa saída, exceto França.
Paris não apoia as reclamadas negociações diretas entre Marrocos e a Frente Polisário em um ambiente sério e transparente para resolver o diferendo, denunciou.
Ontem, o Conselho de Segurança da ONU analisou a portas fechadas a situação saarauí, cujo caso está entre os 17 debatidos pelo Comitê de Descolonização da ONU.
Durante a reunião de ontem, os membros do Conselho reiteraram seu apoio aos gerenciamentos do Secretário-Geral e de seu enviado, disse o embaixador da Frente Polisário, organização que por quatro décadas tem lutado pela independência.
Ban pediu há um mês respaldo para as negociações impulsionadas pelas Nações Unidas face a solucionar o conflito no Saara Ocidental e garantir a autodeterminação do ocupado povo saarauí.