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579020 UNMISSPCO - Organização, com sede em Manhattan, atua em favor dos interesses imperialistas desde sempre e foi fundada para isso.


Há 70 anos era fundada a Organização das Nações Unidas (ONU), em 24 de outubro de 1945. A história oficial da organização apresenta-a como um instrumento para impedir que uma nova guerra mundial aconteça. Durante a Segunda Guerra Mundial o presidente norte-americano Franklin Roosevelt iniciou as negociações para fundar a ONU, para substituir a Liga das Nações com o suposto objetivo de manter a paz mundial.

Em seus 70 anos de história, no entanto, a ONU apoiou uma série de ações militares de interesse do imperialismo, enquanto os próprios governos dos EUA tratavam de se apresentar como uma força “do bem” lutando pela manutenção da “democracia” e outros objetivos fantasiosos para encobrir seus reais interesses.

Um exemplo recente: Por ocasião da invasão do Iraque, em 2003, na "guerra ao terror" do presidente George W. Bush, a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), agência da ONU, apoiou os EUA em sua avaliação de que o regime de Saddam Hussein teria armas químicas. As tais armas químicas serviram de pretexto para a invasão imperialista no Iraque, mas nunca apareceram.

A história por trás da posição da OPAQ é interessante. Em 2002, o então chefe da OPAQ, o diplomata brasileiro José Maurício Bustani, foi demitido de seu cargo por pressão dos EUA. Alegavam que Bustani seria incompetente, no entanto, um ano antes ele havia sido reeleito para o cargo por unanimidade. Em seu lugar, colocaram Ahmed Uzumcu, um turco que foi embaixador em Israel.

Laureada com o Prêmio Nobel da Paz em 2001 e com sede em Manhattan, centro financeiro dos EUA, a ONU trabalhou a favor dos norte-americanos desde o começo. Em 1948, apressou-se em reconhecer o Estado de Israel, um enclave imperialista no Oriente Médio erguido em uma terra que já era habitada por outro povo, que foi esmagado pelo Estado sionista em um processo que continua até hoje.

Os EUA são também os maiores financiadores da ONU, de longe. Contribuem com 22% do orçamento da organização. Em seguida vem o Japão, com 10%. Na Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), os EUA também trataram de colocar alguém que defendesse seus interesses, dessa vez contra o Irã.

O diplomata Yukiya Amano se apresentava como alguém que resistia à propaganda dos EUA e de Israel sobre o Irã, e que portanto daria um veredito imparcial sobre seu programa nuclear. Mas entre os milhares de documentos vazados por Bradley Manning, revelou-se nas comunicações secretas dos norte-americanos que Amano se reunia com os norte-americanos para combinar como melhor defender seus interesses contra o Irã dentro da ONU. Isso tem servido para as potências imperialistas justificarem a guerra econômica contra o Irã, maior inimigo dos EUA no Oriente Médio desde a revolução em 1979.

A OPAQ ajudou Bush em sua campanha interna, para convencer os norte-americanos da necessidade da invasão do Iraque. No entanto, o Conselho de Segurança da ONU vetou a invasão norte-americana. Mas isso também não é problema. Os EUA invadem mesmo assim, com ou sem apoio. Dessa vez, o Estado Islâmico, financiado pelo imperialismo para derrubar Al Assad na Síria, serviu melhor como desculpa para intervir.

Em agosto de 2013, Al Assad foi acusado pelos EUA  de usar armas químicas contra os "rebeldes" e civis. Embora os EUA tenham um arsenal nuclear, de novo a OPAQ entrou em ação para dar ao imperialismo uma justificativa para bombardear a Síria. Isso esteve prestes a acontecer, em outubro de 2013, mas dessa vez a pressão da Rússia e da China retardaram as bombas norte-americanas, que só começaram a chover na Síria em setembro de 2014, enquanto Assad está longe de ser derrubado, como querem os EUA, se possível com aval e ajuda da ONU.


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