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28015 cup catPaísos Cataláns - Diário Liberdade - O resultado das eleiçons deste 27 de setembro confirma a maioria absoluta independentista no Parlamento autónomo catalám.


Segundo o roteiro previsto pola candidatura ganhadora, deverá agora começar um período de 18 meses que resulte na criaçom de um novo Estado na Europa ocidental.

Porém, o processo poderá sofrer alteraçons em funçom da irruçom da CUP, que passou de 3 a 10 assentos no Parlamento e cuja proposta é umha independência unilateral com um programa abertamente anticapitalista.

Participaçom, assentos, votos...

As eleiçons convertem o independentismo explícito, pola primeira vez, em absolutamente maioritário no Parlamento autónomo catalám, após a adesom da maior parte da anteriormente ambígua direita catalanista à massiva reivindicaçom do povo catalám de independência Reforça-se também a legitimidade dessa reclamaçom devido a ser esta convocatória a que registou maior participaçom: 77,46% face aos 67,76% das anteriores.

O voto abertamente independentista atingiu os 1.923.968 (47.86%) e 72 assentos no Parlamento (62 de Junts pel Sí e 10 de CUP). Em frente, o voto abertamente anti-independentista atingiu os 1.573.339 (39.08%) e 52 assentos (25 de Ciudadanos, 11 do PP e 16 do PSC). No meio, 459.265 votos a forças que se recusárom a um pronunciamento pró ou anti-independentista (11 assentos de CatSíqueesPot e 0 assentos, mas 101.000 votos, de UDC, além doutros 45 mil extra-parlamentares).

Umha vez que o "formato" de eleiçom impediu, por bloqueio espanhol, a pergunta direta, obrigando a eleger deputadas e deputados como se fosse umha convocatória ordinária de eleiçons autonómicas, a leitura do resultado só pode ser feita contando deputadas e deputados, o que dá umha ampla maioria ao independentismo.

Papel chave da esquerda revolucionária

Mais um aspeto chama a atençom nestas eleiçons catalás. Nelas participava a delegaçom de Podemos, integrada junto a Iniciativa per Catalunya (versom de IU no Principat da Catalunha). O resultado desta força "cidadanista" adscrita à chamada "nova política" foi muito inferior ao que a própria IU tivo na convocatória anterior, em 2012, passando de 13 para 11 assentos.

Pablo Iglesias mostrou-se "dececionado" polo resultado eleitoral catalám, que o afasta de qualquer aspiraçom a governar o Estado espanhol, mas confirmou que aspira a isso e a evitar que a Catalunha "abandone Espanha".

Porém, umha candidatura de esquerda revolucionária e independentista também compareceu. Foi a CUP, que contava 3 deputados e deputadas e registou o maior avanço da jornada eleitoral, atingindo os 10 assentos. No seu programa, a saída da Uniom Europeia, um plano de emergência contra as políticas de empobrecimento e exploraçom dirigidas pola burguesia e umha rutura direta e unilateral com o Estado espanhol, para criar um Estado que avance para o socialismo.

Ao invés do reformista CatSíqueesPot (Podemos), a CUP fortaleceu-se ao ponto de ser hoje a maior força anticapitalista em termos de presença institucional na Europa ocidental, com 8,21% dos votos. Além do mais, a CUP constitui a chave que garante a maioria absoluta independentista no novo Parlamento do Principat da Catalunha.

Espanholismo agressivo e neoliberal muda de siglas

Ciudadanos converte-se na principal força do espanholismo no novo Parlamento, com 25 deputadas e deputados e 17,91% de representatividade, ocupando o lugar do PSC (social-liberal), que cai de 20 para 16. O PP, governante no Estado espanhol, passa de 19 para 11, (12,98% para 8,48% em percentagem), o que deixa o executivo de Rajoi numha situaçom delicada.

Entretanto, na mesma noite eleitoral, o porta-voz do Partido Popular em Madrid, Pablo Casado, nom deixou de reiterar as suas ameaças ao povo catalám e ao seu próximo governo, garantindo que o Estado espanhol irá evitar o exercício da soberania política por parte da Catalunha.

A situaçom fica em aberto entre as aspiraçons do povo catalám à emancipaçom nacional com prazo marcado e a negativa dos poderes fácticos espanhóis a assumir o resultado democrático.


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