Crédito: Wikimedia Commons (Domínio Público)
Uma coisa foi tomar o Porto de Aden e a região do sul, que é uma planície. Outra muito diferente tomar a capital, Sanaa, apesar dos brutais bombardeios indiscriminados que têm deixado milhares de mortos e feridos.
Uma coisa é invadir; outra, muito diferente, é controlar depois ... Os norte-americanos que o digam. Eles não somente foram derrotados no Iraque, de onde tiveram que se retirar em 2007, mas não conseguiram controlar o Afeganistão, um país mais subdesenvolvido que o Paraguai!
A região norte do Iêmen é montanhosa. Os setores nacionalistas têm décadas de experiências em enfrentar os invasores.
Há havido várias incursões no interior do território da Arábia Saudita. Pelo sul, o Iêmen. Pelo norte, a Síria, o Iraque e a Palestina. Pelo ocidente, o norte da África, a Somália e o chamado Sahel (a região localizada imediatamente ao sul do Deserto de Saara). E no meio, vários países com altíssimo potencial explosivo no curto e no meio prazo: Jordânia, Líbano, Bahrein e a própria Província Oriental, habitadas majoritariamente por xiitas e palco de grandes manifestações, sufocadas a ferro e fogo em 2011 e 2012.
A crise e a desestabilização do Oriente Médio continua apertando o cerco contra os pilares tradicionais de controle da região pelas grandes potências.
Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.