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150915 responEstados Unidos - O Diário - O governo dos EUA e os seus aliados da União Europeia ocultam a questão fundamental da responsabilidade pela tragédia dos refugiados do Médio Oriente.


Os media ditos de referência, de Washington a Paris, deixam transparecer preocupação crescente, quase alarme, com a vaga de gente desesperada que vinda sobretudo da Síria, desembarca diariamente nas praias da Grécia e dai, através dos Balcãs, tenta chegar à Alemanha. Derramam lágrimas pelos que morrem no mar. Imagens do menino sírio afogado numa praia do Egeu, e da angústia das multidões tratadas como gado na Hungria pelo primeiro ministro fascista Orban, correm mundo suscitando indignação. Mas são farisáicas essas expressões de pesar. «Praga» chamou o inglês Cameron, em comentário racista, à onda de refugiados; mas, duramente criticado pelos seus próprios compatriotas, desculpou-se e agora manifesta disponibilidade para abrir a Grã-Bretanha àqueles que injuriou.

Inesperadamente, a chanceler Ângela Merkel recebe elogios de todos os azimutes ao informar que a Alemanha está preparada para conceder asilo a 80 000 refugiados.

Estamos perante um gesto de humanismo desinteressado? Não.

A Alemanha enfrenta um grave problema demográfico. Nos últimos anos, o total de alemães falecidos é superior ao de nascimentos. O bom funcionamento da sua economia, a mais dinâmica do Continente, necessita anualmente de milhares de trabalhadores estrangeiros.

O coro de lamentações sobre a tragedia dos refugiados é omisso – repetimos – sobre a questão fulcral das responsabilidades.

O tema é incómodo. Por que foge em massa essa multidão de párias de novo tipo da Síria, mas também do Iraque e do Afeganistão?

Porque a engrenagem de poder imperial dos EUA, no âmbito da sua estratégia de dominação mundial, invadiu e ocupou o Afeganistão e o Iraque, arruinando esses países, apropriando-se das suas riquezas, destruindo as suas infraestruturas e semeando ali o caos. Posteriormente, armou e financiou organizações terroristas que tentam há anos, sem êxito, derrubar na Síria o governo de Bashar Al – Asad.

Quem criou os Talibans foram o Pentágono e a CIA.

Bush pai e filho iniciaram essa escalada de terrorismo de Estado. Obama deu-lhe continuidade.

Os crimes abjetos do chamado Estado Islâmico são justamente condenados pela humanidade.

Mas não há campanha mediática que possa apagar factos denunciados pela própria imprensa estado-unidense. Muitos dos assassinos do Estado Islâmico foram treinados por instrutores da CIA e da US ARMY para atuarem nas guerras de agressão no Afeganistão, na Líbia e no Iraque.

É caso para dizer que o feitiço acabou por se voltar contra o feiticeiro.

O discurso hipócrita de Obama, Cameron, Hollande, Rajoy, e aliados menores como Passos, não tem o poder de esconder a verdade: o sistema de poder dos EUA é o grande responsável pela tragédia dos refugiados.


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