Foto: Palestinos varrem a mesquita de Al-Aqsa depois da repressão das forças israelenses.
Nesta quarta-feira, 5 de novembro, forças israelenses reprimiram um grupo de palestinos que protestava na Esplanada das Mesquita, na Jerusalém Oriental. Os palestinos responderam com pedras, enquanto eram empurrados até a Mesquita de Al-Aqsa. O local é o terceiro mais importante para a religião islâmica, atrás apenas de Meca e Medina. Na semana passada, Israel fechou o acesso à Esplanada das Mesquitas (chamado de "Monte do Templo", para os judeus, e "Nobre Santuário", para os muçulmanos).
Nos últimos meses a tensão em Jerusalém Oriental vem aumentando, com diversos protestos dos palestinos e repressão das forças israelenses. A ocupação israelense nessa parte da cidade, após a Guerra dos Seis Dias em 1967, é considerada ilegal pela lei internacional, e não é reconhecida pela comunidade internacional. Desde aquela época, Israel vem aumentando a ocupação da região com assentamentos de colonos judeus, além de demolir casas de palestinos. Em outubro, o governo de Benjamin Netaniahu anunciou a construção de mais 1000 moradias para colonos judeus na região ocupada. O governo israelense considera que não há ocupação, e que Jerusalém é a capital "eterna e indivisível" de Israel.
Também na quarta-feira, um palestino atropelou soldados israelenses na Jerusalém Oriental. Um soldado morreu e outros ficaram feridos, o motorista foi morto a tiros. Na semana passada, um israelense atropelou propositalmente um palestino que se dirigia ao trabalho.
Israel é um enclave imperialista no Oriente Médio, para que os norte-americanos possam controlar a região e submetê-la aos seus interesses. Impulsionados pelos EUA, com um pesado financiamento militar, os sionistas trataram de impor um Estado à força, excluindo a população palestina e impedindo que esta formasse um estado próprio. Junto com a Arábia Saudita, Israel é um dos pilares da dominação imperialista na região.