Uma pesquisa da empresa YouGov revelou, pela primeira vez, que os partidários da independência escocesa poderiam ganhar o plebiscito com 51% dos votos. Isto parece ter provocado uma série de reacções no Reino Unido, vistas como de "emergência" e até "improvisadas".
A libra esterlina respondeu aos resultados da pesquisa com uma queda de quase um ponto e meio contra o dólar estadunidense, para chegar a US$ 1,618, o nível mais baixo desde novembro de 2013, segundo noticiaram os meios de imprensa nacionais
O resultado do estudo originou uma onda de pânico no mercado financeiro do Reino Unido, por causa do forte impacto na bolsa de valores e da queda de operações de empresas com grandes lucros na Escócia, acrescentaram.
A rainha inglesa Elisabeth II que mantinha, até o momento, uma posição neutra, afirmou estar preocupada com a separação, publicou o jornal Daily Mail. Mesmo uma série de políticos britânicos hão se deslocar desde Londres até a Escócia na quarta (10) para apoiarem a campanha unionista, embora esta manobra seja já vista como exemplo de desespero e pode resultar contraproducente.
Os três partidos mais importantes do país – Conservador, Trabalhista e Liberal-Democrata – apresentarão um programa que dá maiores poderes aos escoceses, uma concessão para evitar um voto positivo no referendo de independência, destacou o jornal The Guardian. Segundo este jornal, o dirigente do Partido Nacional Escocês e chefe do Governo, Alex Salmond, qualificou a estratégia política como um "suborno de último minuto".
Por outro lado, a porta-voz da Comissão Europeia, Pia Ahrenkilde, declarou que a organização respeita o atual processo democrático e recordou o papel principal do povo da Escócia na decisão sobre seu futuro.
Cerca de 4,2 milhões de eleitores devem participar no plebiscito, considerado a decisão constitucional mais importante de Escócia desde 1707, quando esse território foi integrado à Inglaterra com a chamada Acta de União.