De acordo com o estudo de opinião da assinatura YouGov para o dominical Sunday Times, 51% dos mais de mil interpelados nos últimos dias favorece a separação da Escócia do Reino Unido, e um 49% recusa-a.
A pesquisa possui uma margem de erro que situa em um empate técnico a unionistas e independentistas escoceses face à consulta popular do próximo dia 18.
Em caso de incluir-se a opinião dos indecisos, 47% dos interrogados votaria pelo SE e os 45% pelo NÃO.
Faz só um mês, uma sondagem da mesma assinatura situava aos soberanistas com 39 pontos de respaldo em frente ao 61 dos opostos à saída de Escócia do Reino Unido.
Ao referir ao resultado do estudo realizado por YuoGov, o exministro britânico de Economia e chefe da campanha Juntos podemos, Alistair Darling, reconheceu que isso adianta um resultado "bastante igualado" no plebiscito.
"De nenhuma forma trata-se de uma batalha do Reino Unido, é uma batalha de Escócia, por seus filhos e o futuro de seus netos", declarou Darling, citado pela corrente pública de rádio e televisão BBC.
O máximo organizador da campanha por Se Escócia, Blair Jenkins, considerou, por seu lado, que ainda que pela primeira vez as pesquisas favorecem aos independentistas por estreita margem, é necessário manter os esforços para vencer no referendo.
Ao conhecer os resultados da consulta publicada em Sunday Times, o ministro de Economia George Osborne adiantou que em breve o Governo informará sobre novas prerrogativas para Escócia em matéria de decisão para despesas públicas.
Mas tais atribuições passariam ao governo em Edimburgo só se o citado território britânico continua dentro do Reino Unido, após um referendo ao qual estão chamados todos os residentes na Escócia maiores de 16 anos.
Ao comentar tais propostas, o ministro principal escocês, Alexander Salmond, qualificou-as de suborno desesperado de Osborne ante o avanço do SE nas sondagens.
Outro estudo realizado pela assinatura Panelbase para Se Escócia mostrou um resultado mais conservador, com um 52% pelo NÃO e 48% pelo SIM, ainda que agora 47 da cada mulheres apoiam a soberania.
Uma saída da Escocía do Reino Unido poderia significar a perda do status de potência nuclear militar desta última e inclusive levaria à renúncia do premiê britânico, David Cameron.
Salmond deseja que em caso de triunfar o SE no referendo, a Armada Real mude fosse de Escócia a sua base de quatro submarinos nucleares com sistema coheteril Trident, situada agora em Faslane, para perto de a cidade escocesa de Glasgow.
Ao mesmo tempo, de vencer os independentistas, Cameron, quem autorizou a celebração da consulta, seria visto como o responsável pela independência escocesa, comenta a imprensa local.