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020914 Mapa-da-CornualhaPGL - [José Antom 'Muros'] Neste mês(*) saiu em distintos meios europeus a boa nova de que a populaçom de Kernow (Cornualha) tinha adquirido por parte do Estado británico a consideraçom de minoria nacional.


Além de ironizar sobre por que e para quem som minoria, tam só nos queda mostrar ledícia por equiparar este povo inexistente até agora para a británica oficialidade com a Alba (Escócia), o Cymru (País de Gales), a Ilha de Mannin e os seis condados da província histórica do Ulster que se conhece como Irlanda do Norte e que som parte do Éire (Irlanda).

Depois de anos de luitas sociais e políticas, reconhece-se que as e os córnicos nom som ingleses. Este povo do extremo sul-oeste da Ilha da Gram-Bretanha é junto com Cymru herdeiro direto dos povos britónicos da ilha prévios aos saxons, que assimilárom a muitas das antergas comunidades que nom se refugiárom no oeste da ilha ou nom migrárom cara os outros finisterrae do sul-oeste Atlántico: Breizh e a Galiza. Kernow tem umha historia de tesom e resistência a umha fera asimilaçom cultural-lingüística, institucional e religiosa que começa mui prematuramente há uns mil anos e que quase remata com este pequeno e tenaz povo de meio milhom de habitantes em 3.500 km. Nestas datas a Cymru do Sul perde a sua continuidade natural com Cymru pola expansom do reino anglo-saxom de Wessex. Tenhem que aceitar umha incorporaçom nom total, e com status de ducado particular dentro deste que inicia um processo que dura até datas recentes.

A paulatina e implacável assimilaçom dos córnicos à Inglaterra, como também em menor medida a dos seus irmaos galeses, é política de Estado. De ducado passárom a condado comum inglês, fôrom forçadamente integrados com os galeses ao sistema judicial británico (nom assim Alba) e a umha institucionalidade, a do Reino Unido, que rematou com o parlamento escocês desde o século XVIII até a recuperar nos nossos dias com a Devolution.

A pressom para a Devolution de Kernow seguindo a recente esteira de Alba e Cymru trouxo este reconhecimento e há de trazer também o reconhecimento do quadro próprio córnico com as suas instituiçons específicas. Esta reivindicaçom foi assinada numha campanha histórica polos 15% do censo eleitoral da populaçom, 40.000; e apoiada segundo os inquéritos pola maioria da populaçom. É a crista da onda pola liberdade do povo, pola reconstruçom de um quadro próprio trabalhado por um movimento sócio-político que mesmo recuperou um idioma, o córnico, extinto no século XVIII nos falantes, mas nom na memória e no sentimento do povo, nas suas lendas, provérbios... Desde 1933, em que se celebrou a primeira missa em córnico, passárom-se muitos anos: traduziu-se a Bíblia, há rádios comunitárias, periódicos, e mesmo escolas neste idioma. Em 2010 inaugurou-se a primeira escola de imersom nesta língua, vam já pola quarta e umha nova geraçom, filha dos ativistas, tem como primeira língua a que tivo a finais do XVIII os seus anteriores falantes. Provas de um desejo de viver.

* Artigo publicado originalmente no n.º 137 do Novas da Galiza(maio-junho de 2014)


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