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siriaSíria - Prensa Latina - A reconquista da estratégica cidade de Mleha, a cerca de 10 quilômetros ao leste de Damasco, é um ponto de inflexão da guerra que o governo sírio libertou contra os grupos armados nas imediações da capital.


Depois de 130 dias de combates ininterruptos, as forças governamentais conseguiram libertar a localidade, que até então estava nas mãos da Frente Al-Nusra, braço da rede Al Qaeda na Síria, e do Exército do Islã.

Reflexo da importância de Mleha, o ministro sírio de Defesa, general maior Fahd Jassem al-Freij, visitou a estratégica cidade.

Acompanhado por oficiais de alta patente, al-Freij inspecionou as unidades militares que restauraram em meados de agosto a segurança e a estabilidade nessa localidade.

Esta reconquista "é um passo chave para a eliminação dos focos restantes dos terroristas em Guta Oriental. Não descansaremos até que a segurança e a estabilidade retornem à Síria", assinalou.

A entrada do exército sírio na localidade constitui uma vitória chave na guerra pelos arredores desta capital.

Com este avanço, além de afastá-los de Damasco, os uniformizados cortam outra via de abastecimento, tanto de víveres como de armamento, dos grupos extremistas entrincheirados na extensa região de Guta Oriental.

Nos arredores de Damasco, Mleha converteu-se no segundo bastião dos irregulares após Duma, capital de Guta Oriental, explicou uma fonte à Prensa Latina.

"Os extremistas trabalharam ao longo de dois anos para fortalecer a referida cidade, considerada de importância estratégica para eles, já que está muito próxima de Damasco (...) e dali partiam para cortar a estrada do aeroporto militar", sublinhou.

A esse respeito, destacou que durante os combates se encontravam na cidade cerca de dois mil armados, dos quais 900 morreram e outros 170 se entregaram.

O exército demorou 130 dias para libertar a cidade devido aos preparativos dos extremistas, que dispunham de armamento pesado e uma rede de túneis.

A fonte revelou que muitos deles escaparam do cerco militar por um túnel de 300 metros de extensão até as cidades de Yesrin e Zabdin.

Nos dois últimos anos o exército ganhou terreno na batalha pelos subúrbios desta capital e encurralou os islamistas em bolsões na periferia, em especial nas regiões de Jobar e de Guta Oriental.

Mesmo que ainda caiam esporadicamente foguetes e granadas de morteiro lançados por eles, na atualidade Damasco se encontra firmemente nas mãos do governo e em suas ruas se respira tranquilidade, em comparação com a situação que se encontrava há dois anos.

MLEHA, CIDADE EM RUÍNAS

Antes da guerra, iniciada em 2011, Mleha estava rodeada de imóveis e bosques, onde muitas famílias saíam em excursão, mas tudo mudou com a entrada dos irregulares.

Os extremistas armados deixaram um rastro de ruínas em sua passagem. É impossível encontrar uma estrutura sem danos enquanto percorrem-se suas ruas.

Destruíram tudo, afirma um jovem soldado sírio enquanto aponta o que fica da cidade.

Muros derrubados, paredes cheias de buracos de balas, postes de eletricidade no chão, edifícios semidestruídos, sem janelas nem portas, são cenas que se repetem em cada quadra.

Em um canto, uma escola primária e secundária ficou destruída e cheia de buracos de projéteis. As mesas e cadeiras escolares estão espalhadas por todos os lados, cheias de pó, enquanto seu teto afundado ameaça cair.

Vários automóveis e furgões perfurados, amassados e sem pneus são testemunhas da encarniçada batalha que se travou casa por casa.

Nem sequer uma mesquita, próxima a um parque, salvou-se da destruição: o minarete sofreu importantes danos, sua cúpula mostra o impacto de armas de fogo e a entrada destroçada e enegrecida exemplificam a tragédia da cidade.

Ao longe escutam-se disparos e canhões, reflexo da proximidade da frente.

Sob um abrasador sol, soldados sorridentes, que fazem o sinal da vitória aos poucos jornalistas presentes, patrulham as ruas apoiados por veículos blindados, ao mesmo tempo em que outros tomam fôlego para entoar canções e descansar em colchões.

Pelas ruas vários tratores, com portas e cristais blindados, desocupam as vias e amontoam escombros em uma cidade fantasma, ante a iminente chegada de seus milhares de habitantes.

Em uma de suas entradas, salvaguardada por numerosos tanques e armamento pesado, uma mulher com duas crianças pequenas em um automóvel tenta infrutiferamente ingressar.

Depois da recuperação de Mleha, o exército enfileira seus canhões para Guta Oriental e Jobar, regiões infestadas de irregulares que se encontram cercados há meses.


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