Em 12 de junho desapareceram três jovens israelenses. Ninguém atribuiu para si o sequestro. No entanto, o governo israelense, sem julgamento e sem provas, decidiu que os jovens eram vítimas do Hamas. Talvez seja verdade, mas não se sabe na realidade quem cometeu o lamentável crime. O que realmente se sabe é que, por causa da decisão israelense de que este grupo palestino era culpado, morreram mais de 1.700 civis palestinos, foram destruídas dezenas de escolas, há 200.000 palestinos desabrigados, 3.000 casas destruídas. A situação econômica se agravou em 40%, o aparato produtivo e de distribuição, que foi sendo minado durante anos, foi quase aniquilado nos últimos oito dias.

O exército israelense destruiu parte do sistema de aquedutos e esgotos que haviam ficado mais ou menos inteiros. O povo, vítima da suposta vingança israelense, não só é assediado com bombardeios e ataques militares cruéis mas também submetido à fome e à sede. Seguir enumerando os excessos seria converter em estatística um horror e uma ignomínia que não pode nem deve ser expressado com números.

A Lei de talião enunciada no Êxodo, livro do velho testamento, com a famosa frase "olho por olho, dente por dente" parece que mudou para o sionismo nestes últimos dias. Agora diz: milhares de olhos por um olho e dezenas de milhares de dentes por um dente. E se alguém disser que esse é um conceito que esse é um conceito de justiça atípico e um tanto injusto ou se condenar a destruição genocida do povo palestino, seguramente será acusado pelo sionismo e por um monte de palhaços, de antissemita. Acusação muito grave, já que implica que o acusado é seguidor de Hitler, etc. etc., os seis milhões e tal. Então a verdade se torna pretexto: "não, eu não sou antissemita, é que essa nova lei de talião, bem, se a antiga lei já era injusta, imagine esta! E bom, isso de expulsar um povo construindo casas em seu território, isso de afirmar que é preciso matar as mulheres palestinas porque dão a luz à serpentes, e como disse o 'honorável' professor Mordechai Kedar, da Universidade de Bar Ilan, em Tel Aviv, que 'se soubessem que suas irmãs e mães seriam violadas se fossem capturadas, não tentariam mais nenhum ataque suicida' é tão feio.

Eu não sou nem anti nem pró semita, essa discussão não me importa. Eu acredito que o que estão fazendo é uma aberração, e se não nos opusermos com contundência, se não assumirmos o boicote a seus produtos, nem realizarmos ações significativas, exercendo pressão internacional, vão fazer com que uma nação desapareça bem nos nossos narizes. É um grave problema de anti-humanidade, e que somos responsáveis. Quando os assassinos terminarem caindo, que não seja tarde demais.