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obama-lideres-africanosEstados Unidos - Prensa Latina - O encontro Estados Unidos-África evidenciou o enorme interesse que supõe hoje para Washington, sem se recuperar totalmente da crise econômica, poder expandir o comércio e investimentos para esse continente, além do seu poder militar.


A Casa Branca mostrou disposição em reforçar a sua influência militar no continente, onde abundam reservas naturais e minerais, algumas considerados estratégicos como o petróleo, água, ouro, platina, diamantes e o coltan, entre outros.

Centrado na ampliação das relações comerciais entre ambas partes, Washington fez questão de negar que o evento tenha respondido à sua preocupação pelo aumento dos investimentos de Pequim e outros blocos econômicos no chamado continente negro. Contudo, é um facto que África tem sido cenário de conflitos de interesses entre terceiros paises, principalmente entre os EUA e a França em épocas recentes.

Durante as conversas que reuniu de segunda-feira (4) a quarta-feira (6) na capital estadunidense mais de 40 líderes africanos, o presidente Barack Obama anunciou próximos investimentos que totalizam uns 33 bilhões dirigidos a incentivar o comércio e promover as exportações estadunidenses na área.

Com um intercâmbio de aproximadamente 85 bilhões de dólares anuais, Estados Unidos figura como terceiro sócio comercial de África, muito por trás da União Europeia e China.

Muitos dos líderes africanos sublinharam a necessidade de incrementar seus nexos com a parte norte-americana, mas ao mesmo tempo reclamaram-lhe maior apoio para combater epidemias como o ébola e a malaria e reforçar suas capacidades defensivas diante ameaças globais como o terrorismo.

O presidente da Mauritânia, Mohamed uld Abdel Aziz, líder da União Africana (UA), sublinhou que apesar do progresso atingido pelo continente em matéria econômica, fica um longo caminho para erradicar a pobreza e garantir a estabilidade regional em matéria de segurança. Os conflitos armados, o crime organizado, o tráfico de armas e de drogas constituem uma ameaça para nossos países e o desenvolvimento das novas gerações, reconheceu o mandatário.

Analistas citados por vários meios opinaram que Estados Unidos defende este tipo de encontros devido ao afã de controlar as enormes reservas naturais e minerais da África. Dias atrás, altos chefes militares estadunidenses que preferiram manter o anonimato, comentaram ao diário The Washington Post que a expansão bélica na África é necessária devido ao incremento do extremismo e a violência em nações como Sudão e Líbia.

A propósito, Obama pediu na quarta-feira fortalecer a cooperação com os países africanos para responder aos conflitos e ameaças terroristas de grupos extremistas como Boko Haram em Nigéria e os shebab somalíes.

O líder do Executivo advogou por maior assistência financeira, logística, de inteligência e treinamento de tropas da UA em nações como Somália, no entanto não se referiu de maneira explícita ao envio de forças militares.

Sob o pretexto da luta contra o terrorismo, Washington mantém no dito continente mais de cinco mil efetivos, em particular das Forças de Operações Especiais (FOE) -unidades elites do Pentágono- sob a direção do Comando de África (Africom), estabelecido em 2007 e cuja sede está em Stuttgart, Alemanha.


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