Uma das explicações mais comuns é a mestiçagem, já que colonos europeus e comerciantes que navegaram desde séculos até a esta região deixaram rastos genéticos na sua passagem. A exposição ao sol e a alimentação rica em peixe também são especuladas como razão, mas os resultados do estudo publicado na revista«Science» invalidam estas hipóteses.
A equipa comparou os genomas de 43 loiros e 42 morenos das ilhas Salomão. A análise do sangue dos voluntários, permitiu identificar uma mutação no gene TYRP1, que parece ser o responsável por aloirar o cabelo desta população.
Os autores da investigação analisaram o gene já conhecido por estar associado à pigmentação de 941 indivíduos. No entanto, esta mutação não existe fora da Oceania e nunca foi reportada na Europa.
Segundo a equipa, a recolha não foi uma tarefa fácil, já que grande parte das ilhas Salomão é de acesso difícil, sem electricidade ou comunicações. A Malanésia é uma das regiões com maior diversidade linguística, com dezenas de línguas faladas.