A assembleia francesa rejeitou na passada semana a lei de línguas regionais que apresentara o deputado Paul Molac, da União Democrática Bretã. O projeto revindicava tanto promoção do ensino nas línguas não oficiais do Estado francês (catalão, occitano, basco, corso, bretão, flamengo e alsaciano) como a sua presença no espaço público e os meios de comunicação.
A lei foi rejeitada por 14 votos frente a 13. A circunstância não teria maior trascendência se não fosse pelo sistema de votação utilizado. Durante mais de duas horas foram votados os três primeiros pontos do projeto legislativo, em que os deputados partidários foram ganhando por três votos de diferença (13 frente a 10).
Porém, os deputados contrários pedírom que a votaçom fosse pública e se permitisse contar os votos de quatro membros dos seus partidos, os quais estavam fisicamente ausentes, mas que redigiram cartas em que manifestavam a sua rejeição à lei. O seu pedido foi aceite, circunstância qualificada de «vergonhosa» e que permitiu que os votos contrários chegassem a 14, chumbando destarte a lei.
Como se pode ver no vídeo junto, os partidários do «sim» não acreditavam o que estava a acontecer na assembleia.