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270915 ucrUcrânia - Prensa Latina - [Jorge Petinaud Martínez] Uma inflamada denúncia de corrupção ante dezenas de jornalistas contra o presidente ucraniano Petro Poroshenko confirmou publicamente os antagonismos que a cada dia debilitam mais a coalizão dirigente e põem em perigo sua sobrevivência.


A acusação formulada ante as câmeras de televisão pelo líder do Partido Radical e ex-aliado do governante no golpe de Estado de 22 de fevereiro de 2014, e até pouco tempo na aliança parlamentar majoritária, Oleg Lyashko, manifestou a certeza de prognósticos anteriores.

Em data recente, o chefe da fração Bloco Opositor, Yuri Boyko, declarou que as contradições entre os partidos integrantes da coalizão não permitirão sua existência por muito tempo.

Segundo Boyco, seu grupo parlamentar registrou uma grande quantidade de projetos de lei cujo objetivo é desenvolver o setor real da economia, mas todos esses rascunhos estão bloqueados pela divergência de critérios da maioria na câmara legislativa.

Lyashko, por sua vez, assegurou ante a imprensa que o maior criminoso e o político mais corrupto do país é o presidente.

"Até o momento, Poroshenko é o principal criminoso e o ser mais corrupto na Ucrânia. Ele tem encabeçado a corrupção", afirmou Lyashko a dezenas de jornalistas em frente ao edifício da Suprema Rada (Parlamento unicameral).

O chefe do bloco de extrema direita denunciou que o milionário chocolateiro tornado estadista violou a Constituição e descumpriu todos os procedimentos, e se mostrou disposto a testemunhar contra Poroshenko em uma corte.

Estive com ele nesta semana. Perguntou-me, pediu-me, e ofereceu-me subornos e dinheiro cinco vezes para conseguir meu apoio e que não bloqueasse a nomeação da pessoa proposta por ele para o Serviço Estatal de Geologia e Recursos Minerais, afirmou.

Segundo o dirigente extremista, Poroshenko quer designar uma pessoa próxima a ele neste posto para recuperar o controle dos negócios de petróleo e de gás do país, que anteriormente as autoridades ucranianas lhe haviam tirado, disse.

O deputado radical advertiu que ele é objeto de repressões políticas após bloquear tal decisão na câmara legislativa.

Eu declaro que a corrupção vem do escritório presidencial, reiterou Lyashko em tom altissonante em frente às câmeras de televisão.

Poroshenko começou a prender deputados indiscriminadamente, e subornando-os persegue o simples objetivo de destruir-me, desacreditar-me e esmagar nossa equipe, acrescentou o chefe da fração parlamentar.

Lyashko apontou que o presidente pessoalmente obstruiu a adoção de um projeto de lei sobre o mercado de gás natural para proteger os interesses do oligarca ucraniano Dmitri Firtash.

O chefe da fração ultradireitista, separada da coalizão governamental depois da recente aprovação no Parlamento de um projeto de reforma constitucional sobre a descentralização do poder na Ucrânia, alertou a respeito de um plano midiático para caluniá-lo e destruí-lo.

Um falso vídeo sobre minha vida íntima foi distribuído em pontos de venda controlados pelas autoridades, concluiu Lyashko em sua denúncia.

OUTROS ALIADOS DISSIDENTES

A líder do partido Pátria, integrante da aliança dirigente, Yulia Timoshenko, criticou igualmente que o Conselho da Coalizão não realiza reuniões e seus integrantes tomam todas as decisões.

Afirmou que esta elite está formada por funcionários de alto escalão, entre os quais estão o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, o primeiro-ministro Arseny Yatseniuk, e o secretário do Conselho de Defesa e Segurança Nacional, Alexánder Turchínov.

Acrescentou nesta relação o ministro do Interior, Arsen Avákov, o líder da fração do Bloco de Petro Poroshenko, Yuri Lutsenko, e o chefe da Administração Presidencial, Boris Lozhkin.

Segundo Timoshenko, este pequeno clã toma decisões e depois apresenta ao Parlamento sem ter discutido na coalizão nem nas frações.

Em uma advertência que alguns meios jornalísticos qualificaram de populista, a ex-primeira-ministra disse que sua fração não votará a favor dos projetos de lei propostos pelo governo até que não se reduzam as tarifas dos serviços comunais.

Timoshenko também exigiu às autoridades pôr fim às represálias contra o partido Svoboda (Liberdade), o qual, disse, se converteu em objeto de represálias por denunciar publicamente as conclusões do organismo estatal de supervisão financeira sobre uma profunda corrupção sistêmica do Executivo.

Oleg Berezyug, chefe da fração Samopomich, também parte da coalizão, advertiu que seu grupo estará nela desde que se observe o regulamento e não se submeta à votação na sala um assunto sobre o qual não exista um consenso.

Indicou que seu agrupamento põe como condição para permanecer na aliança dominante que se produza uma mudança na política de quadros da Promotoria Geral, no Estado Maior das Forças Armadas e no Ministério da Defesa.

Assim como Timoshenko, Berezyug indicou enfaticamente que Samopomisch reclama revisar as tarifas dos serviços comunais.

Para preservar o respaldo político, militar e os empréstimos do Ocidente, Poroshenko insiste que a coalizão dirigente sobreviverá.

No entanto, as ambições de riqueza e poder de seus integrantes perfuram a couraça dessa embarcação, e conduzem-na à deriva para um aniquilamento anunciado.


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