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170715 dousquesevenderomGrécia - O Diário - Ontem 15 de Julho o Syriza, que tinha prometido apresentar uma “lei de um só artigo” que aboliria os memorandos e as medidas antipopulares, apresentou e fez passar de urgência no parlamento uma “lei de um só artigo” com os primeiros requisitos das medidas antipopulares do terceiro memorando e o acordo com as organizações imperialistas UE-BCE-FMI.


 Na mesma altura, o vice-presidente do governo Y. Dragasakis, falando à rádio do Syriza, agradeceu publicamente ao governo dos EUA e ao presidente Obama pelo contributo dado à conclusão do acordo.

Na votação nominal no parlamento requerida pelo KKE votaram “sim” 229 deputados, “não” 64, e 6 abstiveram-se, num total de 299 deputados presentes.
Os deputados do Syriza (111 em 149), ANEL, ND, POTAMI e PASOK votaram a favor do acordo e do enunciado de medidas. 32 deputados do Syriza votaram não e 6 abstiveram-se. Estas divergências não assumem um carácter substancial. É revelador da dimensão do embuste que quadros da chamada “Plataforma de Esquerda” tenham declarado de forma muito nítida que votariam contra as medidas mas que apoiam totalmente o governo e o primeiro-ministro que as agendaram!

Na mesma altura milhares de trabalhadores manifestaram-se no exterior do parlamento e em dezenas de outras cidades por todo o país, nos grandes desfiles militantes convocados pelo PAME. Manifestações que fizeram ecoar uma sonora mensagem contra o governo e os partidos burgueses de oposição, que estão a “servir” ao povo mais um memorando de forma a continuar a sangrá-lo em nome dos lucros do capital. O carácter de massas, a militância e a segurança do PAME impediram que tivesse sucesso uma provocação planeada que actuou com o objectivo de atacar o magnífico comício do PAME em Atenas.

O Secretário-Geral do CC do KKE, Dimitris Koutsumpas, assinalou no seu discurso que a tentativa consciente de enganar o povo chegou ao cúmulo e sublinhou que o povo será obrigado a pagar o desgraçado memorando de Tsipras, que o governo Syriza-ANEL, utilizando os mesmos argumentos dos governos que o precederam, apresentam como a única saída. Sublinhou também que este acordo é extremamente frágil, uma vez que se agudiza a disputa entre França e Alemanha acerca do futuro da Eurozona, tal como sucede com a disputa entre EUA e Alemanha pela hegemonia na Europa. A vítima destes confrontos é o povo grego. Por esta razão, e apesar deste acordo temporário, não é de excluir um Grexit nos tempos mais próximos; sublinhando também que uma Grécia capitalista com a dracma como moeda não constitui uma solução alternativa para o povo.

Acentuou que uma saída efectiva implica a ruptura com a UE, com o capital e com o seu poder. Para abrir caminho a esta saída é necessário que o povo se una e organize de imediato, que o movimento dos trabalhadores se reagrupe e adquira uma clara orientação anticapitalista. Na base destes requisitos o movimento dos trabalhadores deve desenvolver alianças sociais com outros movimentos populares que se assumem em confronto com os monopólios. O povo deve reforçar a sua cooperação com o KKE, superando reservas e divergências que possam existir.


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