A maioria governamental dos partidos de SYRIZA e de ANEL recusou a proposta do KKE de submeter ao juízo do povo grego também o seu próprio plano de acordo, assim como o tema da derrogação das leis antipopulares votadas nos últimos anos ea questão da desvinculação da UE. Ao mesmo tempo, o governo de coligação explicava que o "não" ao referendo se traduz pelo governo grego como aprovação da sua própria proposta de acordo com a UE, o FMI e o BCE que, também dentro de 47+8 páginas, inclui medidas antipopulares e antioperárias duras, de à roda dis 8 mil milhões de euros.
Nestas condições, o KKE fez um apelo aos trabalhadores e trabalhadoras para darem as costas por completo ao falso dilema do referendo e, aos que iam aos centros eleitorais, as forças do KKE distribuíam (fora destes) o seu próprio boletim com o siguente conteúdo:
NÃO À PROPOSTA DA UE, O FMI, O BCE
NÃO À PROPOSTA DO GOVERNO
RETIRADA DA UE, COM O POVO NO PODER
Certamente, estava compreendido que este boletim iria ser considerado nulo, mas, junto do voto em branco e a abstenção, constitui uma importante corrente política de questionamento das opções tanto do governo do SYRIZA-ANEL, como das organizações imperialistas, com as quais negocia o governo pelas necessidades do capital na Grécia.
Cabe destacar que no referendo, junto dos partidos do governo de coligação (SYRIZA-ANEL), também se posicionou em favor do "não" também o partido fascista do "Amanhecer Dourado", bem como outros grupos políticos nacionalistas e de esquerda, como ANTARSYA.
Por outra parte, em favor do "sim", que declaravam que significaria consentimento à "permanência na UE com todo sacrifício", se posicionaram a oposição da direita, Nova Democracia, o partido social-democrata PASOK, que governavam até janeiro de 2015, o partido POTAMI, o partido KIDISO (Movimento dos Socialistas Democratas) do ex primeiro-ministro, G. Papandreou, e outras forças políticas burguesas.
Finalmente, o resultado formou-se assim:
Nas suas primeiras declarações, depois do anúncio do resultado, D. Koutsoumpas, Secretário Geral do KKE, saudou as centenas de milhares de pessoas do povo que responderam ao apelo do KKE de não retroceder perante as pressões. Os que meteram nas urnas o boletim do KKE, quer dizer, uma proposta que o governo negou pôr em votação no Parlamento, privando nosso povo do direito do meter em massa nas urnas.
Acrescentou que, diante da questão controversa do referendo-relâmpago, uma parte do povo conseguiu ultrapassar o a confusão e a desorientação, dando uma primeira resposta com o voto nulo, bem como com o voto em branco, enquanto bastantes votantes optaram pela abstenção deste processo.
O SG do KKE dirigiu-se particularmente aos que optaram pelo NÃO, achando que assim vai terminar a austeridade, que respondem desta forma às medidas antipopulares, os memorandos e apelou para evitar a complacência, para não consentir a tentativa do governo de transformar este NÃO num SIM através de novos acordos antipopulares. Acentuou que o KKE oferece a colaboração para as lutas do dia siguente, perante piora das condições de vida.
O KKE dirige um apelo combativo também aos que optaram pelo SIM sob a pressão do grande patronato, o medo dos bancos fechados, pelo seu salário, pela sua pensão, pelas suas pequenas poupanças.
O KKE anota que uma negociação, que foi prometida pelo primeiro-ministro, A.Tsipras, sobre a base se sua proposta, leva com exatidão a um novo, pior memorando.
Revela-se a necessidade para o movimento, para o nosso povo, de adotar em massa a proposta do KKE para a saída da crise em favor dos interesses populares. O KKE estará na primeira fila em todas as lutas de nosso povo também o período que vem, fortalecendo a partir do dia siguente, a partir de manhã, a linha de luta antimonopólica- anticapitalista, a aglutinação com o KKE.
06.07.2015