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290515 jbEstados Unidos - PCO - Polícia suíça prendeu os cartolas em Zurique por causa de uma investigação do FBI norte-americano.


Nesta quarta-feira, 27 de maio, a polícia da Suíça prendeu sete dirigentes da FIFA em Zurique, a pedido de autoridades norte-americanas. O Departamento de Justiça dos EUA indiciou 14 pessoas, nove dirigentes da FIFA e cinco executivos, por fraudes, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, com base em uma investigação do FBI.

Segundo os investigadores dos EUA, os envolveriam um valor de aproximadamente US$ 150 milhões. Autoridades suíças anunciaram que vão investigar criminalmente as concessões das Copas de 2018 e 2022, que acontecerão na Rússia e no Catar, respectivamente, caso as concessões sejam mantidas.

Os norte-americanos pedem à Suíça a deportação dos dirigentes presos. Entre eles, está o vice-presidente (até o dia da prisão) da CBF, José Maria Marin, político que iniciou a carreira em um partido fundado por Plínio Salgado e que chegou a ser governador de São Paulo de 1982 a 1983 pela ARENA, partido da ditadura militar.

Eleições

O momento escolhido para as prisões coincide com o Congresso anual da FIFA. Na sexta-feira (29), ocorre a eleição do presidente da FIFA. Joseph Blatter tentará mais uma mandato de quatro anos.

O presidente da UEFA (União das Associações de Futebol Europeias), Michel Platini, fez um apelo para que Blatter renunciasse, e ameaçou com a saída de países europeus da FIFA. A UEFA chegou a declarar que boicotaria a eleição de sexta-feira, mas acabou voltando atrás. Entre os dirigentes presos, não havia nenhum europeu, apenas dirigentes do "terceiro mundo" (com exceção de um norte-americano).

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, apoiou o pedido para que Blatter deixe o cargo, enquanto o ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, declarou que a eleição da FIFA deveria ser adiada.

Golpe contra a Copa de 2018?

No dia em que a polícia suíça prendeu dirigentes em Zurique por causa de uma investigação da polícia norte-americana, nos EUA, às vésperas da eleição na FIFA, políticos europeus aproveitaram para pedir a renúncia de Blatter e o adiamento da eleição. Também no mesmo dia, autoridades suíças anunciaram que investigará a concessão das copas de 2018 e 2022.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que os acontecimentos mostravam uma óbvia tentativa de impedir a reeleição de Blatter. "Infelizmente nossos parceiros norte-americanos estão usando esses métodos para alcançar seus próprios ganhos egoístas."

Putin também chamou atenção para o fato de os dirigentes foram presos na Suíça por causa de uma investigação do FBI: "Essa é mais uma clara tentativa dos EUA de estender sua jurisdição para outros Estados".

Putin lembrou que houve uma forte pressão sobre Blatter para "tirar a Copa de 2018 da Rússia". E acrescentou: "Poderiam dizer que talvez alguém seja culpado de alguma coisa. Isso eu não sei, mas o que eu sei é que isso não tem nada a ver com os EUA. Eles, esses dirigentes, não são cidadãos dos EUA, e se alguma coisa aconteceu, isso não aconteceu no território dos EUA e os EUA não têm nada com isso".

A prisão dos dirigentes também está mexendo com o patrocínio da Copa do Mundo. Com exceção da Gazprom, estatal russa de energia, são todas empresas diretamente ligadas ao imperialismo. A Visa divulgou uma declaração, na quarta-feira, afirmando que revisará seu patrocínio aos eventos da FIFA caso não haja mudanças na entidade. A Coca-Cola declarou que o escândalo na FIFA "mancha a missão e os ideais" da Copa do Mundo. A trilha do dinheiro leva aos verdadeiros interessados na operação para mudar, de fora para dentro, o comando da FIFA.


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