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300315 dtaFrança - Vermelho - O Partido Socialista sofreu uma contundente derrota nas eleições chamadas departamentais (locais) na França, cujo segundo turno foi realizado neste domingo (29). O partido de direita União por um Movimento Popular (UMP), do ex-presidente Nicolas Sarkozy, venceu na maioria dos locais, conquistando entre 66 e 70 departamentos.


A Frente Nacional (FN), de extrema-direita, liderada por Marine Le Pen, embora tendo aumentado a sua votação, não conquistou maioria em nenhum departamento. Já o Partido Socialista, do presidente François Hollande, que detinha 61 departamentos, deve ficar com apenas de 27 a 31.

A esquerda mostrou-se "muito dispersa" e "sofreu um claro recuo", admitiu em uma mensagem o primeiro-ministro, Manuel Valls, do Partido Socialista. O primeiro-ministro voltou a condenar "resultados muito elevados da extrema-direita", por considerar que a FN constitui "um perigo mortal" e "pode ganhar as eleições presidenciais". Já o ex-presidente Nicolas Sarkozy afirmou que o resultado é consequência da "maciça rejeição às políticas do presidente [François] Hollande".

As eleições locais são encaradas, na França, como um teste para as eleições presidenciais, que estão agendadas para 2017.

O secretário nacional do Partido Comunista Francês, Pierre Laurent, declarou que as populações dos departamentos em que a direita venceu vão conhecer dias difíceis, com redobrados ataques contra as políticas de solidariedade, de ação social e de educação, os serviços públicos locais e a cultura, e prometeu luta. "Quero assegurar que essas populações poderão contar com os comunistas e seus eleitos nas lutas que terão por diante". Laurent assegurou que o Partido Comunista tudo fez para impedir essas vitórias da direita e da extrema direita. "Centenas de candidatos da esquerda não poderiam ter sido eleitos sem o trabalho de união realizado pelos comunistas". O secretário nacional do PCF destacou a presença dos comunistas na vida institucional: "Um grande número de conselheiros departamentais comunistas e da Frente de Esquerda, mesmo que seu número total tenha diminuído, foram eleitos, confirmando o lugar do PCF na vida política".

Analisando as causas dos resultados globalmente negativos para a esquerda, Laurent ressaltou que "é grande a responsabilidade do presidente da República François Hollande e do primeiro-ministro Manuel Valls, (ambos do Partido Socialista), pelo retorno da direita à maioria dos departamentos". E alertou para os perigos que o país enfrenta. "Continuar surdo àquilo que soa claramente como um apelo a uma mudança de rumo político seria engajar a França no pior cenário", advertiu.

Laurent fez ainda um apelo à luta. "Passadas as eleições, nada é mais urgente do que construir nas lutas, na ação cotidiana e na solidariedade concreta, no debate político, uma resposta política nova, claramente cidadã e popular, claramente à esquerda. Apelo a todas as forças cidadãs, políticas e sociais disponíveis à construção de um movimento de esquerda, alternativo, amplo e popular, com vocação majoritária, para abrir uma nova esperança".

Do Portal Vermelho, com agências e L'Humanité


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