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241014 rachaFrança - PCO - Aumenta o número de deputados do Partido Socialista que estão se abstendo nas votações de propostas do governo.


Nesta terça-feira, 21 de outubro, deputados do Partido Socialista (PS), partido no governo, voltaram a se abster em uma votação de um projeto do próprio governo. O PS, do presidente François Hollande, está em crise desde o começo do ano, quando o primeiro-ministro Manuel Valls propôs os pacotes de austeridade. Na votação de terça-feira, os deputados aprovaram o orçamento para 2015, com os primeiros cortes nos gastos públicos.

Dessa vez, 39 socialistas se abstiveram. O orçamento foi aprovado por 266 votos a favor, diante de 245 contra e 56 abstenções. Teoricamente, os "socialistas" teriam maioria absoluta com 189 votos. Nas primeiras votações dos pacotes de austeridade, 33 deputados do PS se abstiveram e não apoiaram o governo. A crise está aumentando, com mais deputados deixando de votar as propostas de Valls. No domingo, a prefeita de Lille, Martine Aubry, deu uma entrevista para Le Journal du Dimanche afirmando que é preciso abandonar as "receitas liberais". Aubry disputou com Hollande a candidatura do partido à presidência, e agora aparece como cabeça dos dissidentes.

A crise interna do PS chegou também ao próprio gabinete de Valls. Em agosto, Hollande demitiu todo o gabinete, e chamou o próprio Valls para formar um novo governo, o quarto durante a presidência de Hollande. No começo do ano, o PS perdeu as eleições municipais, que registraram um crescimento da Frente Nacional (FN), de extrema-direita. No mês passado, a FN conseguiu pela primeira vez entrar no Senado, contando agora com dois senadores. É a continuação do crescimento que mostrou durante o ano, nas eleições municipais e nas eleições europeias.

Diante do desgaste de Hollande e também da direita tradicional, a Unidade por um Movimento Popular (UMP), a burguesia francesa está impulsionando a extrema-direita para ter a opção de um governo de força, que imponha às massas o repasse do peso da crise para os ombros dos trabalhadores. Para a burguesia, está colocada a necessidade de impor aos trabalhadores que eles paguem pela crise de modo que os capitalistas possam continuar lucrando.

Tanto a direita tradicional quanto a esquerda do regime burguês estão em crise. A UMP, que se saiu melhor na eleição para o Senado, está dividida e sem um presidente, em meio a escândalos de corrupção que envolvem a cúpula do partido. O PS está dividido no governo, com dezenas de deputados se negando a votar nas políticas de austeridade do primeiro-ministro Manuel Valls. Enquanto isso, os índices econômicos mostram que a França está indo para o buraco. A previsão de crescimento é menor do que o 1% que o governo pretendia (0,7%). O desemprego já atinge 5 milhões de franceses, a dívida pública está perto dos € 2 bilhões (93,6% do PIB).


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