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chinaChina - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] O superávit comercial da China, no mês de setembro, foi de US$ 60,34 bilhões. Mas esse dado esconde o aprofundamento da crise capitalista no país que está contagiando, principalmente, as economias atrasadas.


Foto: Graeme Bartlett (CC BY-SA 3.0)

As exportações caíram 3,7% no mês de setembro, na comparação com o ano anterior, de acordo com a Administração Geral de Alfândegas da China. As importações caíram 20,4%. Elas já haviam caído 13,8% no mês de agosto. As quedas têm se mantido durante 11 meses consecutivos.

Apesar do estancamento econômico, os chamados investimentos estrangeiros diretos aumentaram em 7,1%, de acordo com o Ministério de Comércio. Na realidade, esses investimentos têm sido direcionados para aplicações especulativas devido ao aumento das facilidades pelo governo.

A crise na China representa um dos componentes fundamentais da crise capitalista mundial devido ao enorme impacto que exerce sobre os países atrasados, que dependem das exportações de matérias-primas. A América Latina inteira foi afetada conforme os preços caíram nas bolsas futuras de commodities. A locomotiva da economia mundial está perdendo o fôlego.

As políticas de contenção do incontível

A política chinesa do chamado Novo Caminho da Seda tenta conter a crise facilitando o fluxo de mercadorias entre a China e a Europa. O pivô dessa política é a Rússia, que passa pela incorporação de vários países da região sul da Ásia, das repúblicas da Ásia Central e do Oriente Médio. Novas rotas de comércio deverão ser abertas, principalmente a rota do Ártico, que abre espaço para a exploração de recursos minerais e petrolíferos que têm ficado a descoberto com o avanço do desgelo.

O imperialismo norte-americano impulsiona a chamada TTP (a Parceria do Pacífico) e tenta impulsionar a Parceria do Atlântico.

O aumento das facilidades para o comércio busca conter a crise a partir de medidas tomadas na circulação de mercadorias. A crise capitalista atual é uma crise, no fundamental, de superprodução; isto é, a pobreza e a queda do nível de vida se chocam com o desenvolvimento tecnológico e impedem a reprodução ampliada do capital. As leis do capitalismo atuam hoje de maneira mais acirrada do que nunca, acelerando a escalada do parasitismo financeiro. O mundo foi convertido num verdadeiro casino financeiro pelos monopólios, que são controlados pelo punhado de famílias que domina o mundo.

Um novo colapso capitalista mundial está colocado para o próximo período devido à ação das leis inerentes ao sistema. O imperialismo tenta se salvar da crise empurrando-a para os países atrasados, o que tem acirrado as contradições. Mas, conforme a crise avança, os “pactos sociais” e o “estado de bem estar social” ficam no olho dos planos de austeridade, da voracidade dos monopólios. As ilusões com a “democracia” nos países desenvolvidos estão com os dias contados. A crise avança, a passos largos, em direção ao coração do capitalismo mundial.

Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.


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