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petroleumDiário Liberdade - [Alejandro Acosta] A imprensa burguesa apresenta a queda abrupta dos preços das matérias-primas como se fosse obra divina.


A recessão industrial levou à queda dos preços das matérias-primas, inclusive do petróleo. Foto: Wikimedia Commons (CC SA 1.0)

Na realidade, o que aconteceu é que, na segunda metade da década passada, devido ao esgotamento da especulação imobiliária, ou pelo menos a super saturação, enormes volumes de capitais migraram para esse setor.

Com o colapso de 2008, gigantescos volumes de capitais foram direcionados para a especulação com matérias-primas (commodities).

A China foi transformada na “super locomotiva” do mundo em crise.

Como as exportações caíram, por causa da crise, o governo chinês injetou trilhões por meio de repasses aos bancos e aos governos locais.

Gigantescas bolhas ameaçaram explodir em 2012. Para contê-las foram injetados mais recursos por meio dos mesmos mecanismos.

A situação conseguiu ser contida até este ano. Mas o custo tem sido o aprofundamento da crise em escala mundial.

A recessão industrial mundial é o fator fundamental que levou à queda dos preços das matérias-primas, inclusive do petróleo.

A China “esticou a corda” o quanto pode. Centenas de novos aeroportos, várias cidades “fantasmas”, como Ordos, etc. Agora, tenta impulsionar o chamado Novo Caminho da Seda e medidas de abertura à especulação financeira.

Supostamente, a inflação seria baixa na China e no mundo. Mas a carestia da vida, principalmente dos alimentos, da moradia e da energia, provocou que os salários dos operários chineses, que, na década de 1980 eram de US$ 30 disparassem para mais de US$ 400 hoje, nas principais cidades.

Os capitais especulativos têm migrado, de novo, para o porto seguro do estado burguês: a especulação com a dívida pública.

Hoje, somente os nefastos derivativos financeiros movimentam 15 vezes o PIB mundial.

A crise é de super produção. Por esse motivo, a tentativa de aumentar a produção também só pode levar a um colapso (adiado) de maiores proporções.

Não há mágica. As medidas que adiam a crise somente provocam novas bolhas, ainda mais violentas.

Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.


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