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jpDiário Liberdade - [Alejandro Acosta] Segundo um relatório do OCC (Escritório de Controle de Divisas), os 25 principais grupos financeiros dos Estados Unidos se encontram expostos em mais de US$ 330 trilhões em derivativos relacionados à IR (taxa de juro), à FX (Taxa de Câmbio), à Equity Contracts (Contratos em cima de participações patrimoniais), à Commodity e aos CDS (Derivativos de Crédito).


Com US$ 78,1 trilhões, o JP Morgan é um dos cinco bancos que detêm uma exposição de 94,4% do montante de US$ 250 trilhões em derivativos. Foto: Thomas Hawk (CC BY-NC 2.0)

Os 25 maiores bancos detêm uma exposição de US$ 250 trilhões, que representam US$ 11 trilhões em ativos reais (assets). Cinco bancos detêm uma exposição de 94,4% desse montante: o JP Morgan detém US$ 78,1 trilhões; o Citigroup, US$ 56 trilhões; o Bank of America, US$ 53 trilhões; o Goldman Sachs, 47,7 trilhões. A seguir, o HSBC detém US$ 3,9 trilhões e o Wells Fargo acima de US$ 3 trilhões.

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O principal componente desses derivativos, tal como tem acontecido historicamente, é o IR swaps, com US$ 204,6 trilhões seguido do FX, com US$ 26,5 trilhões, CDS, com US$15,2 trilhões, Equity, com U$1,6 trilhões, e Commodity com US$1,4 trilhões.

A exposição ao risco dos derivativos aumentou 3%, para US$ 364 bilhões, segundo o índice VaR (Value-at-Risk) no período. Os economistas burgueses afirmam que o chamado encadeamento bilateral (bilateral netting) quase eliminaria a exposição dos bancos ao risco. Na realidade, conforme ficou claro com a quebra maciça dos bancos de investimentos em 2007 e 2008, o sistema de contratos derivativos somente funciona quando os bancos que emitiram os títulos, incluindo aqui os seguros chamados swaps, honrarem os pagamentos. Caso contrário, as próprias asseguradoras, tal como aconteceu com a maior asseguradora do mundo, a AIG, em 2008, irão inevitavelmente à falência.

Outra suposta redução da exposição ao risco viria de que a maior parte dos títulos encontra-se na forma de IR swaps. Um swap de taxa de juros estabelece a troca de uma série de pagamentos futuros a uma taxa de juro fixa, por uma série de pagamentos futuros a uma taxa de juro variável. De acordo com o relatório do OCC, o principal banco detentor desses títulos, o JP Morgan tem um alto volume da sua exposição em cima dos contratos FX. O Morgan Stanley Bank NA, baseado no estado de Utah, por exemplo, tem 98,3% do total de US $1,793 trilhões, e US$ 70 bilhões em ativos (assets) em cima de contratos FX, sem reserva de depósitos e alta exposição aos bancos europeus. O Northen Trust, baseado no estado de Illinois, tem 97,5% do total de US $ 260,164 bilhões em cima de contratos FX.

Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.


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