Centenas de mulheres manifestaram-se em frente à catedral de Colónia, em protesto contra as agressões sexuais ocorridas na noite de passagem de ano, a falta de proteção policial e o aproveitamento político dos crimes pela extrema-direita. Contrariamente ao pretendido pelas mulheres que se manifestaram em frente à catedral, o debate político sobre os ataques de Colónia deixou de se centrar no combate à violência sexista na sociedade alemã, desviando-se para a política de acolhimento dos refugiados.
A chanceler alemã interveio este sábado numa reunião do seu partido e declarou-se favorável a mudanças na lei para poder negar o asilo e expulsar do país mais facilmente candidatos a asilo condenados por crimes com pena inferior a três anos.
Três dezenas de pessoas foram identificadas como suspeitas dos assaltos e ataques sexuais a mulheres na noite de fim de ano, que motivaram 379 queixas, segundo a polícia informou este sábado. O facto de mais de metade dos suspeitos serem requerentes de asilo levou a extrema-direita do Pegida a manifestar-se também este sábado nas ruas de Colónia com slogans anti-imigração. Ao mesmo tempo, organizações de esquerda e antirracistas saíram igualmente às ruas para responder ao Pegida com uma contramanifestação.
A ausência de forças policiais numa das zonas mais movimentadas daquela cidade alemã na noite de fim de ano tem estado no centro das críticas, o que levou à demissão do chefe da polícia.