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150115 haredi paperIsrael - Opera Mundi - Imagem com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, foi manipulada por veículo cujo dono é membro do Parlamento de Israel.


histórica marcha de solidariedade à Paris reuniu mais de 40 líderes mundiais no último domingo (11/01) e cerca de 1,6 milhão de pessoas na capital francesa. No entanto, no jornal The Announcer (“HaMevaser”), um dos principais veículos haredi, isto é, destinado ao público judeu ultraortodoxo de Israel, líderes femininas foram apagadas das imagens.

Entre as mulheres que foram omitidas na fotografia estão a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, a primeira-ministra da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, e a alta representante da União Europeia para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini. Quem primeiramente notou a omissão foi o site de notícias israelense Walla.

Merkel é uma das ausências mais claras da edição. A chanceler alemã estava entre o presidente da França, François Hollande, e o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas. Assim como Merkel, Hidalgo também estava na linha de frente da marcha e com um cachecol azul. Ela foi eleita no ano passado a primeira prefeita da história de Paris.

The Announcer foi acusado de manipular a imagem e foi criticado por desrespeitar a marcha a partir de uma edição sexista. O veículo foi fundado por Meir Porush, membro do Knesset (Parlamento de Israel), pelo partido conservador United Torah Judaism. Em partidos ultraortodoxos, as mulheres são proibidas de concorrerem ao Knesset e, em publicações do setor, imagens femininas são completamente banidas aos olhos públicos. 

“Claro, para nós, israelenses, isso faz parte da comunidade ultraortodoxa. Mas é um pouco embaraçoso que, em um momento em que o mundo ocidental está reunido contra manifestações de extremismo religioso, nossos extremistas tomam o palco em um jornal cujo proprietário é membro do Knesset”, aponta o jornal israelense Haaretz.

Esta não é a primeira vez que uma publicação ortodoxa apaga mulheres de fotografias políticas. Em maio de 2011, o jornal novaiorquino Di Tzeitung removeu Hilary Clinton, então Secretária de Estado, de uma foto na Casa Branca. Na ocasião, o veículo pediu desculpas, alegando tratar-se de uma política editorial não publicar imagens de mulheres em razão da "modéstia".


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