"Tenho documentado que a utilizam para fazer coisas. Usa-se para montar algo, para ter como um mini-departamento de estado dentro da Google", afirmou Assange em uma entrevista com a rádio espanhola Ser. Também pecisou que Jaret Cohen, um dos assessores, é usado para tentar influir o público ao mostrar temas como a tentativa do secretário John Kerry de realizar uma campanha de ataques a Síria no começo do ano.
Segundo Assange, a empresa tem vínculos fortes não somente com o Departamento de Estado, mas também com a New American Foundation, um "think tank" agressivo e liberal, encabeçado por Eric Schmidt, também presidente da Google.
"O outro fundador, interessado, é o Departamento de Estado", precisou Assange, ao chamar a atenção para a existência de pessoas do círculo do presidente da Google que transitam entre ambas entidades.
Segundo Assange, a maioria de correios eletrônicos são interceptados pela Agência Nacional de Segurança de Estados Unidos (NSA - sigla inglesa), pois servidores como Gmail e Hotmail encontram-se nesse país. Quando chega a Reino Unido é interceptado pelo Quartel Geral de Comunicações do Governo, conhecido como GCHQ, enquanto Google tem um sistema chamado Prisma que permite à NSA e ao FBI acesso aos emails.
Assange desmentiu assim mesmo boatos de que deixara a embaixada do Equador em Londres, onde se encontra, mesmo expressando confiança em seus advogados para solucionar a situação, com cerca de 12 julgamentos em todo mundo, e se garanta a sua liberdade.