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koreaCoreia do Sul - Diário Liberdade - [Alejandro Acosta] Como o aprofundamento da crise capitalista mundial está enfraquecendo os mecanismos de controle e aumentando as contradições. A política do “salve-se quem puder” na direção de confrontos militares em larga escala.


Foto: Wikimedia Commons (CC BY-SA 2.0)

O imperialismo norte-americano tem pressionado o governo da Coreia do Sul, de maneira crescente, para que participe na patrulhagem do Mar do Sul da China. A reação tem sido muito mais lenta que a do Japão, que mesmo tendo se envolvido, o tem feito, principalmente, apoiando o Vietnã, as Filipinas e a Malásia, que têm interesses diretos sobre a região, em contradição com os da China.

Os coreanos contam com uma marinha de guerra que poderia confrontar os chineses, principalmente se somando ao Japão e aos Estados Unidos. O problema é que a Coreia do Sul tem se aproximado muito da China, além de ter sérias contradições com o Japão, o colonizador de longa data.

O comércio bilateral da Coreia do Sul com a China soma US$ 350 bilhões. No ano passado, a quarta parte das exportações e 17% das importações coreanas aconteceram com a China.

A direita que assumiu o governo japonês, há mais de dois anos, se nega a resolver a questão da prostituição forçada de mulheres coreanas durante a Segunda Guerra Mundial e tem aumentado as disputas territoriais sobre a Ilha de Dokbo. No recente encontro entre os líderes dos três países, que aconteceu na Coreia do Sul, enquanto o encontro entre os sul-coreanos e os chineses aconteceu de maneira muito cordial, o encontro entre a presidente sul-coreana e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, foi apenas formal, sem nem mesmo declarações e conferência de imprensa conjuntas.

Num certo sentido, o Japão e a Coreia do Sul são concorrentes, principalmente em relação aos fatores que poderiam aproximá-los como o desenvolvimento econômico, a capacidade militar e aos estaleiros para a construção de navios de grande porte.

A Coreia do Sul fica dançando entre o aliado principal, em termos econômicos e militares, os Estados Unidos, e as crescentes interconexões com a China.

O aprofundamento da crise capitalista tem provocado a remodelagem do conjunto de alianças e blocos inimigos que existiam desde o final da Segunda Guerra Mundial. O enfraquecimento do imperialismo, em primeiro lugar do imperialismo norte-americano, provocou o fortalecimento das potências regionais. A crise acirra as contradições e a política do “salve-se quem puder”.

No próximo período, está colocado um novo colapso capitalista de gigantescas contradições. O desenvolvimento da situação política, principalmente se a burguesia avançar no fortalecimento da extrema-direita, poderá colocar o Mar do Sul da China no foco de um enfrentamento militar em larga escala. O Pentágono já direcionou para a região Pacífico da Ásia nada menos que a metade do orçamento, com o objetivo de conter o expansionismo chinês.

Alejandro Acosta é cientista social, colaborador do Diário Liberdade e escreve para seu blog pessoal.


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